Política

Popularidade de Bolsonaro cai e do Congresso aumenta, revela pesquisa

Segundo levantamento feito pela XP investimento, 80% dos brasileiros defendem o isolamento social

Presidente Bolsonaro. Foto: AFP Photos
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A popularidade do presidente Jair Bolsonaro foi abalada pela crise causada pelo novo coronavírus. Segundo pesquisa feita pela XP Investimentos, divulgada nesta sexta-feira 03, 28% dizem considerar que o presidente tem atuação boa ou ótima, contra 42% que atribuem avaliação ruim ou péssima.

Os números mostram uma maior rejeição da série histórica. No levantamento do início de março feito pelo instituto, eram 30% com avaliação positiva e 36% com avaliação negativa.

O presidente tem indo na contramão do que é indicado pela OMS para o combate ao coronavírus. Em diversas ocasiões o capitão chamou a pandemia de “gripezinha”, minimizou seus efeitos e defende que o isolamento social decretado em alguns estados sejam revogados.

Mas, segundo a pesquisa, não é o que a maioria da população deseja. Os entrevistados foram questionados ainda sobre o isolamento social preconizado pelo Ministério da Saúde: 80% concordam que esta é a melhor forma de tentar evitar a contaminação pelo vírus. Sobre a sugestão do presidente Jair Bolsonaro de limitar o isolamento aos idosos e vulneráveis, 60% discordam parcial ou totalmente, enquanto 34% concordam com parte ou com toda a declaração.

Já o Congresso e os governadores, que estão se opondo a Bolsonaro, tiveram uma melhora em suas popularidades. O Legislativo passou a ser visto como ótimo ou bom por 18% da população, contra 13% na pesquisa anterior. A avaliação negativa caiu de 44% para 32%. Em relação aos governadores, o ótimo/bom passou de 26% para 44%, e o ruim/péssimo, de 27% para 15%.

A atuação dos profissionais de saúde é a que tem melhor avaliação no enfrentamento à crise. São 87% os que dizem avaliá-la como ótima ou boa. Entre agentes públicos, Luiz Mandetta e o Ministério da Saúde são os mais bem vistos pela população: 68% têm avaliação positiva e 7%, negativa. Para Paulo Guedes e Ministério da Economia, os números são 37% e 18%. A ação do Congresso é ótima ou boa para 30% e ruim ou péssima para 25%, e a de Bolsonaro, positiva para 29% e negativa para 44%.

Sobre os impactos da crise nas finanças pessoais, 82% acreditam que serão afetados, sendo que metade da população relata já ter sofrido algum impacto.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

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