Política

PoderData: 48% dos evangélicos votariam em Bolsonaro; 27% preferem Lula

Moro, que fez tentativas de conquistar esse eleitorado, não deslanchou

Foto: Marcos Corrêa/PR
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Se no público geral o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em baixa nas recentes pesquisas, entre os eleitores evangélicos o ex-capitão ainda conta com a preferência majoritária. 48% dos membros desse grupo dizem que votarão em Bolsonaro nas eleições de outubro, segundo a mais recente pesquisa PoderData, divulgada nesta quarta-feira 2.

Os dados indicam que o segmento é um dos que se mantêm fiéis ao bolsonarismo. O presidente, apesar de se dizer católico, faz constantes acenos aos evangélicos. É o caso, por exemplo, da nomeação de André Mendonça ao STF e da manutenção de Silas Malafaia como um dos seus principais conselheiros.

Em segundo lugar entre os evangélicos aparece o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 27% das intenções de voto. O petista faz aproximações mais moderadas com o grupo e busca agendas com nomes mais progressistas dentro da igreja.

Empatados em terceiro lugar aparecem Sergio Moro (Podemos) e Eduardo Leite (PSDB), ambos com 3%. Vale lembrar que o ex-juiz fez tentativas recentes de se aproximar das lideranças do grupo, como a produção de uma carta com ideais conservadores e agendas com políticos ligados às principais igrejas, em especial a Universal, de Edir Macedo. Aos poucos, Moro busca atrair o apoio do Republicanos, partido ligado ao bispo, que ameaça desembarcar da base do governo. Os números indicam, no entanto, que as tentativas não surtiram efeito entre os fiéis.

Apenas 2% dos evangélicos mostram preferência de voto em Ciro Gomes (PDT). O mesmo volume indica voto em André Janones (Avante). João Doria (PSDB) e Simone Tebet (MDB) ficam com 1% cada.

Católicos

Entre os eleitores católicos o cenário se inverte e Lula volta a aparecer na dianteira, com 44% das intenções de voto. Bolsonaro soma apenas 26%. Moro tem 10% e Ciro sobe a 7%.

Para chegar aos resultados, o PoderData entrevistou 3.000 pessoas, por telefone, entre 27 de fevereiro e 1º de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%.

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