Política

Pedir intervenção militar em atos é liberdade de expressão, diz Mourão

Para ele, punição só deve vir após manifestantes agredirem pessoas

Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou que os pedidos de intervenção militar, enquanto estiverem no “terreno da retórica”, devem ser tratados como “liberdade de expressão”. No entanto, ele admitiu que essas não são “as bandeiras mais corretas”.

“Eu não vejo, enquanto as manifestações a favor do presidente se mantiverem dentro da lei e da ordem, que elas sejam efetivamente antidemocráticas. A partir do momento que se agredir pessoas, ministros do STF, parlamentares, depredar patrimônio público, aí barras da lei para eles”, disse nesta quinta-feira 4, em entrevista a vários veículos.

E continuou: “Dentre os que se manifestam a favor do presidente, é óbvio que tem uma turma ali que apresenta as bandeiras que não são as mais corretas. Então, a bandeira de fechamento do STF, pressão em cima de determinados parlamentares ou ministros do STF, intervenção militar: isso é liberdade de expressão. A imensa maioria das pessoas que se manifesta a favor do presidente da República é em torno da plataforma de programa dele e para o qual ele foi eleito para governar. Temos uma coalizão de centro direita/direita. Esse é o governo que está eleito até 2022″.

Nesta semana, em artigo publicado no Estadão, Mourão classificou os manifestantes contra Bolsonaro de bardeneiros. “A apresentação das últimas manifestações contrárias ao governo como democráticas constitui um abuso, por ferirem, literalmente, pessoas e o patrimônio público e privado, todos protegidos pela democracia. Imagens mostram o que delinquentes fizeram em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Registros da internet deixam claro quão umbilicalmente ligados estão ao extremismo internacional. Baderneiros são caso de polícia, não de política”, escreveu.

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