Economia

Oposição reage ao novo aumento de combustível: ‘ Incompetência de Bolsonaro e Guedes’

Deputados, senadores e presidenciáveis da oposição repercutiram a alta anunciada nesta quinta pela Petrobras

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Políticos da oposição reagiram ao anúncio do aumento do preço dos combustíveis feito nesta quinta-feira 10 pela Petrobras. De acordo com o comunicado da empresa, a gasolina subirá 18%, diesel ficará 25% mais caro, além de um salto de 13% no preço final do gás de cozinha.

A empresa atribuiu a alta ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Deputados, senadores e presidenciáveis, no entanto, discordam. Segundo registraram nas redes sociais, a alta é motivada pela ‘dolarização desnecessária’ dos combustíveis, bem como pela ‘incompetência’ de Jair Bolsonaro (PL) e Paulo Guedes na gestão econômica do País.

Para o presidenciável Ciro Gomes (PDT), o anúncio da Petrobras ‘é mais uma garfada cruel no bolso dos brasileiros’.

“[O aumento nos combustíveis] é mais uma garfada cruel no bolso das brasileiras e brasileiros por causa da famigerada política de preços da Petrobras de Bolsonaro. Quem lembra das pistolas de remarcação de preços, nos supermercados, na época da hiperinflação?”, comparou o pedetista.

Mais cedo, o ex-presidente Lula (PT), provável candidato pelo PT, também criticou o modelo de precificação dos insumos. Segundo disse, a política foi adotada para beneficiar interesses estrangeiros. Para o petista, a privatização da BR Distribuidora, em 2021, também é culpada pelo aumento.

“Sabe porque a gasolina, o gás e o diesel estão caros? Porque esse Brasil tinha uma grande distribuidora chamada BR que foi privatizada e agora você tem empresas importando gasolina dos Estados Unidos em dólar enquanto temos auto suficiência e produzimos petróleo em reais”, disse Lula em entrevista à rádio mineira Itatiaia nesta quinta.

Líderes de partidos na Câmara e no Senado também repercutiram o anúncio da estatal.

Para Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado, o cenário reflete a incompetência do governo do ex-capitão.

“Não é notícia repetida! É incompetência, descaso e falta de gestão! O povo brasileiro não aguenta mais esse governo!”, anotou o senador em seu perfil oficial.

Opinião semelhante foi ecoada por Paulo Rocha, líder do PT na Casa. Segundo escreveu, a atual gestão tem dificultado a vida dos brasileiros. Assim como Lula, o petista atribuiu o aumento à privatização da BR Distribuidora.

“Eles privatizaram parte da Petrobras e agora Bolsonaro leva o Brasil para o inferno. Que absurdo! A gestão bolsonarista da Petrobras anunciou um novo aumento do preço da gasolina, do diesel e do gás. A vida do povo brasileiro fica cada dia mais difícil”, publicou o senador.

Sâmia Bomfim, que comanda a bancada do PSOL na Câmara, repercutiu a declaração de Bolsonaro no cercadinho em que o ex-capitão disse não poder interferir na estatal para conter o salto no valor.

“Só interfere mesmo na Polícia Federal pra salvar os filhos da cadeia”, disse a deputada ao republicar a notícia do fato. “Isso poderia ser evitado se Bolsonaro e Guedes não colocassem o Brasil de joelhos diante dos acionistas internacionais através do PPI”, acrescentou a parlamentar.

Também integrante da liderança do PSOL, a deputada Vivi Reis (PA), cobrou a mudança na forma de valoração do combustível.

“É urgente mudar a política de preços do combustível. Ninguém aguenta mais tanta carestia!”, disse ela.

Jandira Feghali (PCdoB), vice-líder da minoria na Câmara, pediu a deposição imediata do presidente após o anúncio.

“Onde vamos parar? A dignidade dos brasileiros e brasileiras está cada vez mais ameaçada. O povo está desamparado por este governo criminoso. Chega de fome, desemprego e miséria”, escreveu. “Fora, Bolsonaro”, cobrou em seguida.

Os deputados Padre João (PT-MG), Paulo Pimenta (PT-RS), Erica Kokay (PT-DF), José Guimarães (PT-CE), Alessandro Molon (PSB-RJ), Ivan Valente (PSOL-SP) e Orlando Silva (PCdoB) também criticaram a atual gestão. Todos citaram Bolsonaro ou Guedes como culpados pela crise dos combustíveis.

‘Ninguém aguenta mais Guedes e Bolsonaro’, escreveram os parlamentares de forma variada em suas redes sociais.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) também se posicionou: “produzimos em real e pagamos em dólar. Que absurdo! É preciso acabar já com a dolarização!, defendeu a entidade.

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