Política
Oposição planeja novo pedido de impeachment por ‘omissão’ de Bolsonaro
Parlamentares realizarão ato para marcar outra denúncia de irresponsabilidade; presidente diz que fica no cargo ‘se Deus quiser’
As lideranças da minoria, da oposição e de seis partidos de esquerda na Câmara e os presidentes nacionais dessas legendas anunciaram nesta quarta-feira 20, em nota, que protocolarão um novo pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro por causa da “omissão” e “responsabilidade” do governo na pandemia.
Os líderes afirmam que também defenderão vacina para todos e a renda emergencial como linha de ação frente à crise.
Além da minoria e oposição, assinam a nota as lideranças e presidentes nacionais de PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB e Rede. O comunicado afirma que a crise no Brasil é marcada pela incapacidade do governo em conter a pandemia, a falta de um plano de vacinação e a situação econômica e social piorada pelo fim do auxílio.
Eles anunciaram também que realizarão na próxima terça-feira 26 um ato no Salão Verde da Câmara em que pedirão a volta imediata dos trabalhos do Congresso.
“O Congresso não pode parar frente ao agravamento da crise no país”, disseram no comunicado. Os líderes reforçam ainda o pedido de instalação de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar o “fiasco” na gestão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que, segundo eles, “se omitiu no período mais crítico da saúde brasileira”.
Entre outras deliberações, as lideranças decidiram enviar uma carta à Embaixada da China em que pedirão uma reunião extraordinária com o embaixador na próxima semana para tentar viabilizar os insumos necessários para o enfrentamento à covid-19.
“Em 2022, o pessoal escolhe”
‘Se Deus quiser, vou continuar o meu mandato, e, em 2022, o pessoal escolhe”, afirmou na noite desta quarta-feira 20 o presidente Jair Bolsonaro a apoiadores que o aguardavam chegar ao Palácio da Alvorada. Bolsonaro deu a declaração em meio à explosão de pedidos de impeachment contra ele.
Desde o início do mandato, 61 foram protocolados na Câmara; apenas sete são anteriores a março de 2020, quando teve início a pandemia de coronavírus. Aos apoiadores, ele disse que tem muita “gente boa” para escolher nas eleições presidenciais do próximo ano e que espera que os “bons” se candidatem para não deixar os “mesmos” no pleito.
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