Política

O que diz o PT sobre o crescimento de Bolsonaro em Minas Gerais

Pesquisa Quaest mostra que Lula lidera a corrida eleitoral no estado com 42%, mas a vantagem que era de 18 pontos percentuais no mês passado caiu para 9 agora

Fotos: Ricardo Stuckert e Norberto Duarte/AFP
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Integrantes do PT de Minas Gerais não veem com preocupação os resultados da pesquisa Quaest, divulgada nesta sexta-feira 12, que apontam para um crescimento das intenções de voto do presidente Jair Bolsonaro (PL) no estado.

De acordo com o levantamento, o ex-presidente Lula (PT) lidera a corrida eleitoral com 42%, mas a vantagem que era de 18 pontos percentuais no mês passado caiu para 9 pontos agora.

O presidente do PT mineiro, o deputado estadual Cristiano Silveira, avalia que a melhora dos índices de Bolsonaro se deve aos anúncios dos benefícios decorrentes da PEC Eleitoral. O dirigente partidário, no entanto, não acredita em mudança do cenário eleitoral ao ponto de tirar o favoritismo de Lula.

“Se tem um efeito no caso do Bolsonaro é  por conta do preço de combustível e do anúncio que havia sido feito do aumento do Auxílio Brasil”, disse o parlamentar em contato com CartaCapital. “É claro que vai ter uma parte da população que vai ficar simpática à medida, mas eu não creio que isso vai ser num montante que reverta qualquer cenário”.

Para confirmar a liderança de Lula e voltar a ampliar a vantagem sobre Bolsonaro, Silveira aposta no início da campanha oficial, a partir deste mês, quando o ex-presidente visitará o estado no próximo dia 18. Minas, que é o segundo maior colégio eleitoral do País, também deve contar com a presença do atual presidente na próxima semana.

“O cenário não preocupa, até porque pesquisa sempre é a fotografia de momento”, diz Silveira. “Estamos com a estratégia montada e estamos muito bem posicionados”.

Apesar do desempenho de Bolsonaro ter melhorado, 55% dos mineiros responderam que o atual presidente não merece ser reeleito. Quando questionados sobre o que dá mais medo, a continuidade da gestão atual ou a volta do PT, 45% responderam a primeira opção e 37% a segunda.

É também por conta da rejeição a Bolsonaro que o PT acredita que o cenário atual pouco deve se alterar. “A tendência é polarizar de tal maneira que pode se definir no primeiro turno”, avalia o deputado federal Rogério Correia. “Em todos os casos, aumentar o ritmo , trazer os setores de esquerda e centro esquerda desde já e buscar os indecisos de centro é fundamental”.

Eleição para governador

O instituto Quaest também mediu a preferência do eleitorado mineiro quando à disputa pelo governo do estado. O atual governador, Romeu Zema (Novo), aparece com 46% das intenções de voto e o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) tem 24%.

No entanto, quando associado a Lula, Kalil abre 10 pontos de vantagem sobre Zema.

“Na hora que a campanha começa pra valer, com presença do Lula, programas de rádio e TV, o Kalil cresce”, diz Silveira. “Essa eleição [para governador] com certeza vai pra segundo turno”.

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