Política

O cálculo de Ciro para vencer Lula e Bolsonaro

Pedetista esclarece a estratégia de ter como alvos tanto o petista quanto o atual presidente

Ciro durante a XXIII Marcha de prefeitos em Brasília. Foto: Divulgação
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O pré-candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes, afirmou na noite de quarta-feira 27, em encontro com prefeitos e vereadores do seu partido, que a chance dele ser eleito “é real”.

Para isso, de acordo com o pedetista, é preciso conquistar parte do eleitorado que vota no presidente Jair Bolsonaro (PL) em repúdio a Lula (PT) e uma parcela daqueles que optam pelo petista só para derrotar o ex-capitão.

O cálculo feito por Ciro é que, dos 25% a 30% que dizem preferir Bolsonaro, cerca de 7% a 9% só o fazem porque não querem a volta do PT ao poder.

Por outro lado, segundo o ex-governador do Ceará, dos 40% a 45% que hoje afirmam votar no Lula, 17% explicam a escolha como a única alternativa de tirar o atual presidente do cargo.

“E se aparece outro que tenha condições de derrotar o Bolsonaro? E se aparecer alguém com a capacidade de derrotar o Lula? Para onde vão esses votos?”, questionou o presidenciável na sede do PDT em Brasília. “Ou seja, tem um universo maleável”.

Entra ainda na conta do ex-governador do Ceará cerca de 30% dos eleitores que não votam em nenhum dos dois candidatos.

As declarações esclarecem a estratégia adotada pelo pedetista de ter como alvos tanto o ex-presidente quanto o ex-capitão. Em alguns setores da esquerda, a postura de Ciro em relação a Lula foi desaprovada.

No evento, Ciro ainda criticou as pesquisas de opinião e apontou os motivos que colocam Lula e Bolsonaro como favoritos, até o momento, da disputa.

“Há uma exposição assimétrica do presidente. Bolsonaro fala qualquer bobagem e está no Jornal Nacional. E a premissa da escolha é o conhecimento”, afirmou. “O Lula está em todas as eleições brasileiras desde a redemocratização. Não tem um brasileiro que não o conhece”.

No último levantamento do Ipespe, Ciro aparecia com 8% dos votos. Já no da Exame/Ideia, o pedetista chegou aos 10%.

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