Política
Novo inimigo do bolsonarismo, Kim Kataguiri desmente fake news
Ofensiva aumentou desde que MBL anunciou que não vai apoiar as manifestações do dia 26 em apoio ao presidente
As milícias digitais bolsonaristas escolheram um novo (e curioso) inimigo: o MBL. Desde que o movimento fez manifestações favoráveis à greve contra o contigenciamento no MEC, os militantes governistas fazem ataques coordenados.
A ofensiva aumentou desde que MBL anunciou que não vai apoiar as manifestações do dia 26 a favor de Bolsonaro, por ser contra algumas pautas atribuídas ao evento, como o fechamento do Supremo e a invasão do Congresso. Outro movimento importante, o Vem Pra Rua, também declinou do apoio.
De lá pra cá, o canal do movimento no YouTube perdeu mais de 100 mil seguidores. Nas redes sociais, ganharam força hashtags como #forambl e #mbltraidoresdapatria.
Nesta segunda-feira 20, o deputado Kim Kataguiri (DEM) teve que vir a público desmentir fake news criadas pelas hostes bolsonaristas contra o movimento. Um trecho de um programa MBL News no YouTube foi divulgado nas redes sociais como se um dos integrantes estivesse incentivando o suicídio do presidente.
ATENÇÃO:
Pra quem duvidou, aí está o vídeo.
MBL postou vídeo sugerindo renúncia ou suicídio de Bolsonaro.#MBLtraidoresdaPatria pic.twitter.com/ogl5jv2DaP— Andriws (@Andriws_Garcia) May 19, 2019
“É um negócio esdrúxulo, de que o MBL está sugerindo a morte do Bolsonaro, que o MBL tem relação com o Adélio”, disse Kataguiri em vídeo. Ele também rebateu as ameaças de perder votos em uma eventual reeleição. “Isso não me afeta de maneira nenhuma, nem sei se vou disputar outra eleição. (…) Não tenho apego nenhum pelo cargo (…) e voto nenhum vai mudar isso”.
A ideia em favor de Bolsonaro divide opiniões até mesmo dentro do PSL. Uns acham que o fiasco de popularidade é certo. Outros temem que a guerra declarada ao Congresso acabe com o clima para a votação da reforma da Previdência e outros temas da agenda bolsonarista. O quiprocó rendeu conflitos até com Janaína Paschoal, ja sinalizou que pode deixar o partido.
CartaCapital
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