Política

“Nem oposição, nem situação”, diz Marina Silva sobre seu novo partido

Essa é a definição da ex-senadora para a Rede Sustentabilidade, plataforma para sua possível candidatura ao Planalto em 2014

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A ex-senadora Marina Silva lançou neste sábado 16, em Brasília, a Rede Sustentabilidade, nome oficial de seu novo partido. A futura legenda, que deve ser a plataforma para a candidatura da ambientalista à Presidência em 2014, defenderá apenas alianças pontuais com os demais partidos. “Nem oposição, nem situação”, disse Marina.

Segundo ela, a Rede vai apoiar a presidenta Dilma Rousseff apenas se a administração da petista “estiver fazendo algo bom”. “Parece ingênuo, mas não tem nada de ingênuo.”

Antes, o partido precisa reunir 500 mil assinaturas até setembro para sair do papel. O movimento para atingir essa meta deve começar na segunda-feira 18 com a ajuda da internet e de colaboradores nos estados.

Ainda sem a legenda garantida oficialmente, a ambientalista evitou confirmar uma nova candidatura ao Planalto. Apesar de ter recebido 20 milhões de votos em 2010, a ex-ministra do Meio Ambiente enxerga a disputa como uma “possibilidade” em “discussão. “É uma possibilidade. Mas por enquanto apenas uma possibilidade.”

Marina Silva também não sabe se vai concorrer caso seu partido não seja concluído a tempo. Mas rebateu comentários de que a Rede estaria caçando parlamentares para sua base. “Não estamos fazendo tudo para ter bancada. As pessoas virão por identidade com o programa e por coerência com as regras da Rede.”

Partido para mais que eleições

O lançamento foi comentado pelo ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, que enviou uma mensagem gravada. Segundo ele, Marina Silva é uma figura importante para ajudar na “modernização da vida política do Brasil”.

Marina ainda destacou que partido não foi criado apenas para disputar eleições, mas “para questionar a si próprio”. A legenda foi fundada por ela, três deputados federais e três vereadores, entre eles a ex-senadora Heloísa Helena (AL), que vai ingressar a Rede.

Os deputados Domingos Dutra (PT-MA), Walter Feldman (PSDB-SP) e Alfredo Sirkis (PV-RJ) também estão de mudança para a sigla.

Estatuto





As regras internas do partido ainda não estão totalmente definidas, mas há discussões para limitar a 16 anos o tempo dos mandatos por parlamentar eleito. Eles poderiam concorrer a apenas uma reeleição.

O partido vetou o recebimento de doações de empresas de bebidas alcoólicas, cigarros, armas e agrotóxicos e pretende avaliar seus candidatos a membro pelos critérios da Lei da Ficha Limpa.

Há também a ideia de oferecer até 30% do total de vagas nas eleições proporcionais para candidaturas civis independentes, conduzidas por pessoas não filiadas e sem vínculos partidários.

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