Política
“Não preciso disso, ganhei minha alforria”, diz Joice sobre liderança
A deputada foi retirada da liderança do governo no Congresso após se voltar contra Bolsonaro na crise do PSL
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL/SP) se pronunciou após o presidente Jair Bolsonaro tirá-la do cargo de líder do governo no Congresso Federal.
Em seu Twitter, nesta quinta-feira 17, a parlamentar agradeceu o apoio dos líderes e disse que agora terá mais tempo para se dedicar ao seu mandato e a sua candidatura à prefeitura de São Paulo.
Não nasci líder, não preciso disso. Trabalhei 20h por dia para salvar o governo de crises, aprovar pautas importantes para o país, apagar incêndios durante todos esses meses. Agora ganho minha alforria e mais tempo para cuidar do meu mandato e da minha candidatura à prefeitura
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) 17 de outubro de 2019
A deputada foi retirada do cargo após se voltar contra Bolsonaro na crise que o presidente enfrenta dentro do seu próprio partido. Além de assinar a lista a favor de manter o deputado delegado Waldir na liderança do partido na Câmara, o que ia contra a vontade do presidente, Joice atacou o assessor especial da presidência, Filipe Martins e e Douglas Garcia (PSL-SP), deputado estadual de São Paulo.
Em outro Twitter, a deputada, que sempre esteve ao lado de Bolsonaro, disse que seu apoio ao presidente continua, mas só se ele se manter no combate à corrupção “sem jeitinho, sem flexibilIzar, sem carteiradas, sem protecionismo a quem quer que seja.”
Continuo firme no combate à corrupção e apoio o PR @jairbolsonaro enquanto ele realmente quiser combater a corrupção, sem jeitinho, sem flexibilIzar, sem carteiradas, sem protecionismo a quem quer que seja. Se houver esse compromisso mantido com o Brasil, seguiremos juntos.
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) 17 de outubro de 2019
Na semana passada, a crise entre Jair Bolsonaro e o comando do PSL se acentuou depois que ele orientou um apoiador a esquecer Luciano Bivar (PE), presidente do partido, dizendo que ele está “queimado”. Bivar disse que a fala era terminal na relação entre Bolsonaro e o PSL.
Ainda nesta quinta 17, a crise do partido se aprofundou quando Luciano Bivar decidiu destituir o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro do comando do PSL no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente.
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