Política

‘Não é nepotismo, jamais faria isso’, diz Bolsonaro sobre filho na embaixada

O presidente pretende indicar seu filho, Eduardo Bolsonaro, para assumir a embaixada do Brasil em Washington

O clã Bolsonaro. (Foto: Roberto Jayme/ASCOM)
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre a possível indicação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, para se tornar embaixador do Brasil em Washigton, nos EUA. “Não é nepostismo, jamais faria isso”, disse o pesselista.

Em uma live em seu Facebook, feita na manhã desta sexta-feira 12, Bolsonaro se reuniu com o pastor da Igreja Mundial do Poder de Deus, Valdemiro Santiago. Os dois conversaram sobre religião, a bancada evangélica e ideologia de gênero.

No final, Bolsonaro pegou o jornal O Globo e começou a se defender da notícia que falava sobre a possível indicação de Eduardo à embaixada brasileira nos EUA. “O que queremos no fundo? que nossos filhos sejam melhores que nós. Eu tenho certeza que Eduardo é muito melhor que eu, por isso o indiquei”, afirmou.

O presidente é acusado por especialista da área de praticar nepotismo, quando um agente público usa de sua posição de poder para nomear, contratar ou favorecer um ou mais parentes. Essa prática é proibida pela Constituição, por jurisprudências do STF  e por um decreto presidencial feito em 2010.

Bolsonaro discorda. Para ele, não se classifica como Neopostismo e o filho tem todas as atribuições para assumir o cargo. “Fala inglês e espanhol fluente e acabou de casar, não é aventureiro”, ressalta o presidente.

Toma lá, da cá

Após Bolsonaro indicar que vai indicar seu filho para assumir a embaixada brasileira em Washington, o presidente americano Donald Trump também cogita enviar seu filho para comandar a embaixada americana no Brasil.

Segundo informações do jornal O Globo, Eric Trump poderá se mudar para Brasília, ainda este ano, para comandar os interesses americanos na capital do Brasil.

Esse é um movimento diplomático inusitado na história recente da diplomacia mundial. Os EUA está acostumado a fazer indicações políticas para suas embaixadas pelo mundo. Já o Brasil, é a primeira vez que essa seleção não acontece de forma técnica.

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