Política
Na reta final, CPI aprova reconvocação de Queiroga
O ministro da Saúde teria atuado para modificar a pauta da Conitec, que votaria parecer sobre não o não uso do tratamento precoce
A CPI da Covid aprovou, nesta quinta-feira 7, a reconvocação do ministro Marcelo Queiroga à comissão. A cúpula dos senadores ainda vai discutir uma data para a ida do titular do Ministério da Saúde, que será ouvido pela terceira vez.
A reconvocação se deve, segundo o vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ao fato de o ministro não ter prestado esclarecimentos à comissão via perguntas encaminhadas e que tinham a premissa de substituir a necessidade de uma nova oitiva. O prazo de 48 horas para os esclarecimentos não foi cumprido.
Além disso, o ministro teria interferido na pauta de reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS que não vai mais analisar um parecer contra o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19. A votação, no entanto, estava marcada para esta quinta e o relatório já havia sido entregue aos membros da comissão, como noticiou a CBN.
A retirada do documento da pauta do dia foi vista como uma ‘manobra’ por parte do governo em prol dos medicamentos sem eficácia. O Ministério da Saúde, por sua vez, justificou que o documento deixou de ser avaliado pelo surgimento de novas evidências científicas dos medicamentos em análise.
O requerimento para a reconvocação de Queiroga foi pautado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-CE) e votado em sessão. O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-CE) afirmou que vai propor em seu relatório final o indiciamento de Queiroga.
“A gente já teve acesso a tanta coisa do ministro da Saúde, a sua conversão ao negacionismo, as mentiras repetidas nas duas vezes que esteve na comissão parlamentar de inquérito, agora a suspensão das vacinas para adolescentes”, afirmou Renan, ainda antes do início da sessão.
“Ele já produziu todos os motivos, provas e indícios para ser exemplarmente indiciado”, completou.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.