Política

‘Meooo caneco. Não dá nem pra acreditar’: Dallagnol vibrou com ordem de prisão contra Lula

‘Eu já vou comemorar hoje’, escreveu a procuradora Laura Tessler; mensagens foram apreendidas pela Operação Spoofing

Créditos: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Arte: Larissa Fernandes/Agência Pública
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Os procuradores da Operação Lava Jato celebraram, em abril de 2018, a ordem de prisão contra o ex-presidente Lula expedida pelo então juiz Sergio Moro no caso do triplex no Guarujá (SP), indicam mensagens apreendidas pela Operação Spoofing que aparecem em documento protocolado pela defesa do petista no Supremo Tribunal Federal.

 

O chefe da força-tarefa de Curitiba, Deltan Dallagnol, foi um dos mais entusiasmados. “Meooo caneco. Não da nem pra acreditar. Melhor esperar acontecer”, escreveu aos colegas em grupo no Telegram.

A mensagem de Dallagnol foi enviada às 18h19 de 5 de abril. Pouco antes, às 18h12, a procuradora Isabel Grobba informou: “Moro mandou prender Lula”. Dallagnol, um minuto depois, escreveu: “Antes que MA ferre tudo”. Trata-se possivelmente de uma referência ao ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que relatava na Corte processos envolvendo a legitimidade de prisões após condenação em segunda instância.

“Creio que devemos ficar quietos neste momento”, acrescentou Deltan, endossado pela procuradora Laura Tessler. “Até porque o mandado já disse tudo, kkkk”, escreveu ela.

CartaCapital manteve as abreviações e eventuais erros ortográficos ou de digitação cometidos pelos procuradores.

Os membros da força-tarefa ainda debateram a informação de que Lula permaneceria detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Segundo Paulo Galvão, o local se tornaria ponto de “peregrinação” na capital paranaense.

Na sequência, Dallagnol afirmou que os procuradores deveriam “pensar a segurança oras próximas semanas”. “Ou melhor, Vcs têm, pq estarei fora do país kkkk”.

Laura Tessler escreveu: “Eu já vou comemorar hoje”.

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