Política

Marielle Franco é indicada a prêmio europeu de direitos humanos

O ex-deputado federal Jean Wyllys, o cacique Raoni e a ambientalista Claudelice Silva dos Santos também estão na lista

A ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL). Foto: Divulgação
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Quatro brasileiros estão na lista de indicados para o Prêmio Sakharov à Liberdade de Consciência 2019, do parlamento europeu: a vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018, o ex-deputado Jean Wyllys, ativista LGBT e ameaçado de morte, o cacique Raoni, conhecido por sua defesa à Amazônia, e a ambientalista Claudelice Silva dos Santos.

O prêmio leva o nome do cientista soviético dissidente Andrei Sakharov e já foi recebido pela oposição venezuelana adversária do presidente Nicolás Maduro e por cubanos contrários a Fidel Castro. O presidente da África do Sul Nelson Mandela e a ativista paquistanesa Malala Yousafzai também já venceram o troféu. Surgida em 1988, a premiação tem o objetivo de reconhecer atividades em favor dos direitos humanos.

Cada ala ideológica do parlamento europeu tem direito a indicar nomes ao prêmio. Uma ala dos parlamentares decidiu colocar em foco os retrocessos à luta pelos direitos humanos no Brasil, com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) no poder. Os nomes dos brasileiros, nesta edição, foram apresentados pela Aliança Socialistas e Democratas do parlamento.

Para os socialistas, “Marielle Franco, Claudelice Silva dos Santos e cacique Raoni são símbolos de resistência contra as violações dos direitos humanos no Brasil”. A eurodeputada social-democrata Kati Piri também exaltou as indicações, em comunicado: “Desde que o novo regime assumiu o poder em janeiro, o governo de [Jair] Bolsonaro tem estabelecido um clima de terror para vários defensores dos direitos humanos.”

O ex-deputado Jean Wyllys foi sugerido pelo grupo ambientalista. Os liberais do parlamento indicaram o nome de Ilham Tohti, intelectual condenado na China. Já os conservadores apresentaram cinco adolescentes do Quênia que atuam em uma iniciativa de colaboração com meninas vítimas de mutilação genital. Os direitistas do Partido Popular Europeu propuseram Alexei Navalny, opositor ao presidente russo Vladimir Putin.

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