Política

Maia repudia atos contra democracia, mas é criticado por não avaliar pedidos de impeachment

O presidente da Câmara chamou agressores de ‘criminosos’, mas foi cobrado a analisar um dos pedidos contra Bolsonaro que tramitam na casa

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou as manifestações e agressões promovidas por partidários do presidente da República, Jair Bolsonaro, neste domingo 03 e afirmou que manifestantes devem encarar a “ordem legal” democrática.

As críticas foram feitas pelas redes sociais na tarde do domingo. Maia ressaltou que se luta, além do coronavírus, contra o “vírus do extremismo político”: “No Brasil, infelizmente, lutamos contra o coronavírus e o vírus do extremismo, cujo pior efeito é ignorar a ciência e negar a realidade. O caminho será mais duro, mas a democracia e os brasileiros que querem paz vencerão”, disse.

Apesar da nota de repúdio publicada nas redes, Maia é pressionado para analisar os pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro que tramitam na Câmara dos Deputados. Apresentados após diversas demonstrações contra a democracia, os pedidos precisam que o presidente da Casa coloque-os em pauta para a apreciação do Plenário. Até o momento, não há interesse de Maia para que isso aconteça.

Na manhã deste domingo, Bolsonaro, mais uma vez participou de manifestação em frente ao Palácio do Planalto com ataques ao Supremo Tribunal Federal, ao Congresso Nacional e à imprensa, em pleno dia de comemoração mundial à Liberdade de Imprensa. O presidente estava acompanhado de sua filha, Laura, de 09 anos. Eles não usavam máscaras de proteção.

Bolsonaro foi até a rampa acenar para os poucos apoiadores, que se aglomeravam na Praça dos Três Poderes contrariando as normas sanitárias expressas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde.

Na ocasião, o fotógrafo Dida Sampaio, do jornal O Estado de S. Paulo, chegou a ser agredido com chutes e socos. O motorista Marcos Pereira, do mesmo jornal, também foi atacado. Segundo relatos de colegas, ambos passam bem, apesar de terem que fazer exames complementares como forma de prevenção. Nas redes sociais, circularam imagens dos agressores.

No sábado, enfermeiros que protestavam pacificamente contra a atuação do governo em relação à pandemia também foram atacados por bolsonaristas.

“Ontem [sábado] enfermeiras ameaçadas. Hoje jornalistas agredidos. Amanhã, qualquer um que se opõe à visão de mundo deles. Cabe às instituições democráticas impor a ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror”, afirmou o presidente da Câmara.

*Com Agência Câmara

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