Política

“Macron é de esquerda e eu sou de centro-direita”, diz Bolsonaro

Declaração ocorreu em entrevista no Palácio da Alvorada, junto ao presidente do Chile, Sebastian Piñera

Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta quarta-feira 28, que a repercussão de “inverdades” ditas pelo presidente francês Emmanuel Macron ocorreu por ele ser de esquerda. Em seguida, Bolsonaro se declarou como “centro-direita”.

Em entrevista à imprensa, o presidente brasileiro havia complementava a fala do presidente do Chile, Sebastian Piñera, que visitou o Palácio da Alvorada pela manhã. Piñera respondia a uma pergunta sobre o isolamento de Macron na cúpula do G7, em relação aos escândalos que envolvem as queimadas Amazônia, quando Bolsonaro interferiu.

“Essa inverdade do Macron ganhou força porque ele é de esquerda e eu sou de centro-direita também. Então, deixo bem claro isso aí para vocês. Hoje, um jornal alemão nos procurou, estamos acertando, talvez eu dê uma declaração porque o jornalista andou pela região Amazônia e está surpreso com a forma carinhosa e positiva como eu sou avaliado nessa região”, disse Bolsonaro.

Em seguida, um repórter contrapôs a fala do presidente da República: “Na França, ele é considerado centro-direita”. Bolsonaro rebateu: “Para você, para mim não. Ele sabe que é de esquerda, até pelo seu comportamento”.

Durante a entrevista, Bolsonaro repetiu acusações de críticas do presidente francês são baseadas em informações inverídicas. Além disso, reforçou que Macron tem interesses particulares no assunto e que deve desculpas ao governo brasileiro.

“No meu entendimento, houve um aproveitamento por parte do senhor presidente Macron para se capitalizar perante o mundo como aquela pessoa única e exclusiva interessada em defender o meio ambiente. Essa bandeira não é dele, é nossa, é do Chile, é de muitos países no mundo. Então, o que ele fez no tocante ao Brasil? Primeiro, ao ofender o presidente da República eleito democraticamente. E depois, por mais de uma vez, ao relativizar a nossa soberania, isso despertou o sentimento patriótico do povo brasileiro, bem como de outros países da América do Sul que fazem parte da região amazônica”, afirmou.

O presidente chileno enfatizou que a comunidade internacional deve respeitar a soberania do Brasil na região amazônica.

“É muito importante partir pelo básico. A Amazônia do Brasil está na soberania brasileira, e isso devemos reconhecer e respeitar sempre. Mas também é certo que muitos países querem colaborar com um país amigo como o Brasil. Portanto, o Chile está muito contente de poder colaborar e poder organizar a colaboração de outros países que também querem contribuir, mas sempre respeitando a soberania do Brasil e também respeitando o presidente do Brasil”, defendeu Piñera.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo