Economia

Lula promete mudar política de preços da Petrobras e critica desmonte de direitos trabalhistas

Para o ex-presidente, a culpa pela alta nos preços é a omissão de Bolsonaro ao não reverter a inexplicável ‘dolarização’ da produção da estatal

Foto: Divulgação Lula/Ricardo Stuckert
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender nesta terça-feira 22 o fim da atual política de preços da Petrobras, prometendo que, se for levado ao terceiro mandato, vai reverter a medida.

Em entrevista à rádio Som Maior, de Santa Catarina, o petista também fez duras críticas ao desmonte das leis trabalhistas promovido no governo de Michel Temer (MDB) e consolidado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O Brasil abriu mão de sua soberania para destruir a Petrobras, toda política é para ter lucro para dividir com acionistas de Nova York. Quando a gente enriquece esses acionistas, a gente empobrece o povo. Se a gente ganhar, vamos abrasileirar a Petrobras”, prometeu após criticar a atual política de preços da estatal.

“Se ganharmos, vamos recuperar a soberania e os preços serão compatíveis com os custos da produção de combustíveis. Não tem explicação moral, nem jurídica, nem ética para a dolarização do preço do gás de cozinha, do petróleo e do diesel. Tudo é produzido em reais”, reforçou em outro momento.

Sobre o novo modelo de organização econômica que se desenha no mundo, com a chamada uberização do mercado de trabalho, Lula fez duras críticas. Segundo defendeu, o fim de boa parte dos direitos trabalhistas, promovido pelas reformas de Temer e Bolsonaro, teriam causado o empobrecimento do Brasil e, portanto, precisam ser revertidas.

O mundo novo criou piores condições de empregabilidade para o povo brasileiro e destruiu parte do que a gente construiu na Educação. Tem menos jovens estudando na universidade, menos salário no bolso do trabalhador e os empregos são intermitentes, que não garantem segurança”, criticou Lula.

Para ele, as políticas aplicadas no passado, durante seus dois governos, comprovariam que é possível crescer economicamente sem promover cortes nos direitos trabalhistas.

“Quando falo do passado é porque quero mostrar que o País pode ser melhor do que é hoje. Não podemos aceitar a situação do desmonte dos direitos trabalhistas e acreditar que isso foi benéfico para a classe trabalhadora. O trabalhador que trabalha por aplicativo, por exemplo, é um cidadão quase sem direito nenhum”, explicou o ex-presidente.

“Nós estamos indo efetivamente para um retrocesso histórico, porque as pessoas estão trabalhando sem nenhuma garantia. Então, faço questão de falar do passado para reavivar a memória da população. Toda vez que eu falo do passado é para tentar lembrar a sociedade que o Brasil já foi melhor, já teve mais emprego e que as pessoas podiam comer três vezes ao dia”, completou Lula.

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