Política

Lula: “O povo precisa criar condições para votar impeachment de Bolsonaro”

Ex-presidente foi entrevistado pelo diretor de redação de CartaCapital, Mino Carta

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Reprodução/YouTube
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Em entrevista à CartaCapital, nesta terça-feira 19, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que estaria na rua gritando “Fora Bolsonaro”, se não fosse a pandemia do novo coronavírus. Para ele, o presidente Jair Bolsonaro comete crime de responsabilidade ao desrespeitar a ciência e fazer campanha aberta contra políticas de prevenção à proliferação da doença. A íntegra da entrevista de Mino Carta com Lula estará na próxima edição de CartaCapital.

O apoio de Lula ao impeachment de Bolsonaro confronta com o que o petista pregava ao sair da prisão, em novembro de 2019. Em discurso na cidade de São Bernardo do Campo (SP), o ex-presidente afirmava que não brigaria por impeachment e que “democraticamente, aceitamos o resultado da eleição”. Agora, Lula defende que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), coloque os pedidos de impeachment em votação entre os parlamentares.

“É insuportável você ter um homem que a ignorância chega a tal ponto que ele não cuida da pandemia, não cuida da economia, não cuida da educação, de nada”, afirmou Lula. “É por isso que eu acho que o povo tem que criar as condições objetivas de votar o impeachment e esse país voltar a escolher um presidente da República.”

 

O ex-presidente sustenta que Bolsonaro comete “genocídio” ao propagandear o uso indiscriminado da cloroquina, contrariando pareceres de estudiosos que reforçam a falta de provas da eficácia do remédio contra a doença.

“Eu acredito [no impeachment]. Eu acredito porque o Bolsonaro está criando várias possibilidades de crimes que podem se transformar em crimes de responsabilidade. E o que ele está fazendo com o coronavírus é um genocídio. Você imagina que o presidente da República vai à televisão receitar remédio contra toda a comunidade científica?”, argumenta o ex-presidente.

Em 15 de maio, a Comissão Executiva Nacional do PT anunciou que vai engrossar a campanha pelo afastamento de Bolsonaro. Líderes da legenda devem formalizar um pedido nesta semana, com a assinatura de movimentos sociais, organizações, entidades e representantes da comunidade jurídica, segundo a comissão.

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