Economia

Lula diz que, se eleito, não ficará ‘chorando’ por falta de recursos: ‘Vamos ter que arrumar dinheiro’

Em São Paulo, o ex-presidente voltou a defender a revogação do teto de gastos para garantir investimentos em áreas como Saúde e Educação

Foto: Reprodução
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O ex-presidente Lula (PT) afirmou que, se reeleito (conforme indicam todas as pesquisas), não pretende atribuir à falta de dinheiro eventuais dificuldades de cumprir suas promessas.

“Eu não posso fazer menos do que eu fiz. Se eu empatar com o que eu fiz, já perdi. Tenho que voltar e fazer muito mais. E não espere de mim voltar e ficar chorando que não tem dinheiro, vamos ter que arrumar o dinheiro”, disse Lula nesta sexta-feira 5, durante um evento para trabalhadores do setor de Saúde em São Paulo.

Lula também explicou os motivos que o levam a ser contra o teto de gastos – política que, como reforçou mais de uma vez no discurso, pretende extinguir. “Toda vez que a gente fala que não tem dinheiro [para políticas públicas] a gente tem que lembrar que o teto de gastos não foi criado para dar calote em banqueiro rico, foi criado para que a gente pare de dar aumento [nos investimentos] na Saúde, na Educação, no Transporte e na renda [dos trabalhadores] desse País.”

A medida, conforme explicou, seria uma forma de garantir a continuidade de funcionamento do SUS. “O teto de gastos subtraiu bilhões da saúde. Se nada for feito, a manutenção desse crime continuado acabará inviabilizando o SUS e abrindo as portas para a privatização total da Saúde nesse país”, destacou. “Então não é bravata, não sou de rasgar nota de dez, mas não terá teto de gastos em lei no nosso país”, prometeu quase ao fim da sua participação.

Na conversa, Lula ainda tornou a dizer que um dos principais desafios de um novo governo será lidar com a fome no País. O tema, além de prioridade, será classificado como uma ‘questão de Saúde Pública’. “Nesse instante, com povo na fila do osso e da carcaça de frango, vamos precisar fortalecer muito o sistema de saúde para não deixar o País ter uma pandemia da fome”, disse antes de atribuir, novamente, o drama social à ‘falta de vergonha’ dos atuais governantes.

O ex-presidente também avaliou, brevemente, o atual cenário indicado pelas pesquisas eleitorais. “Não é uma eleição fácil e que já está ganha. Se quiserem realmente mudar o país, temos 59 dias em que não podemos descansar um dia.”

O maior desafio, aposta o petista, será superar ‘a fábrica de fake news no zap’ mantida pelos adversários.

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