Política

Em velório do neto, Lula promete provar sua inocência

Ex-presidente, que já retornou à carceragem da PF em Curitiba, disse a Arthur que vai “provar quem é ladrão neste país”

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*Texto atualizado às 16h18 de sábado 2 para acréscimo de informações

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou neste sábado 2 do velório do neto Arthur Lula da Silva, que morreu de meningite meningocócica aos sete anos. Ele chegou por volta de 11h ao Cemitério Jardim das Colinas, em São Bernardo do Campo, de onde saiu às 12h58.

Lula já retornou à carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

De acordo com relatos do jornal O Estado de S.Paulo, Lula prometeu a Arthur provar a sua inocência nos casos de corrupção pelos quais foi condenado pela justiça. “O Arthur foi um menino que sofreu muito bullying na escola, porque era neto do Lula. Por isso, eu tenho um compromisso com você, Arthur, eu vou provar a minha inocência e quando eu for para o céu, eu vou levando o meu diploma de inocente”, afirmou.

“Vou provar quem é ladrão neste país e quem não é. Quem me condenou não pode olhar nos olhos dos netos como eu olhava para você.”

Lula ficou na cerimônia por quase duas horas. Estiveram no velório familiares, amigos e políticos – entre eles a ex-presidente Dilma Rousseff, Fernando Haddad, Guilherme Boulos, Benedita da Silva, Aloizio Mercadante e Alexandre Padilha.

O ex-presidente esteve escoltado por diversos policiais armados. Segundo a BBC News Brasil, a sala onde ocorreu o velório foi trancada, as janelas fechadas e a entrada de visitantes controlada após a chegada do petista.

Diversos militantes e apoiadores aguardaram Lula no cemitério, mas agentes da Polícia Federal restringiram o acesso ao local para evitar tumultos. Na saída, o ex-presidente acenou para simpatizantes antes de entrar em uma viatura de comboio. Segundo o portal G1, 275 policiais militares participaram da operação de escolta.

Lula deixou a carceragem da PF em Curitiba às 7h deste sábado. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, um helicóptero da PF levou o ex-presidente até o aeroporto do Bacacheri, em Curitiba. De lá, ele decolou às 7h20 rumo a São Paulo, em um avião cedido pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).

O petista chegou ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, por volta de 8h30. Ele foi levado para o pátio da Volkswagen em um helicóptero da Polícia Militar. Do local, foi escoltado até o cemitério por agentes federais e PMs.

A juíza Carolina Lebbos autorizou a saída temporária do ex-presidente, apoiada pela PF e o Ministério Público Federal. Segundo o artigo 120 da Lei de Execução Penal, todo preso tem direito de deixar a cadeia, desde que escoltado, para comparecer ao velório de cônjuge, irmãos, ascendente ou descendente. Como neto se classifica como descendente, a justiça concedeu esse direito a Lula.

Reação emocionada

Segundo a Folha de S.Paulo, Lula “desabou” e “chorou aos soluços” ao receber a notícia da morte de Arthur por meio do chefe da custódia da carceragem da PF. Arthur visitou o avô na prisão por duas vezes.

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