Política

“Invadir hospitais é crime”, diz João Doria a deputados bolsonaristas

Governador afirmou que parlamentares que invadirem unidades de saúde serão julgados na esfera criminal

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Foto: Governo do Estado de São Paulo
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a repudiar a invasão de um hospital de campanha por parte de deputados estaduais que apoiam o presidente Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira 15, o tucano afirmou que os parlamentares serão julgados na esfera criminal.

Doria se refere ao episódio de invasão ao hospital de campanha do Anhembi, em 4 de junho. Participaram os deputados estaduais Coronel Telhada (PP), Letícia Aguiar (PSL), Adriana Borgo (PROS), Marcio Nakashima (PDT) e Sargento Neri (Avante). Segundo a prefeitura, eles teriam agredido verbal e moralmente funcionários e pacientes, em usar proteções individuais.

 

Durante coletiva de imprensa, Doria voltou a tocar no tema.

“O mau exemplo desses deputados foi condenado por todos: parlamentares, integrantes do setor de Saúde e demais pessoas que, da opinião pública, condenaram esta atitude. Lamentavelmente, também, uma figura da República incitou outras invasões”, declarou o governador, referindo-se aos incentivos que partem do próprio presidente Jair Bolsonaro, em 12 de junho.

Na sequência, Doria afirmou que a sua equipe de segurança pública “saberá agir” em caso de novos episódios de invasão a hospitais no estado.

“Quero dizer que invadir é crime e agredir é crime. Se houver qualquer outra tentativa de invasão de hospitais públicos, municipais ou estaduais, sejam eles de campanha ou sejam eles de qualquer outra natureza, em São Paulo, a segurança pública sob liderança do general Campos saberá agir. E também, faremos a criminalização destes invasores, sejam parlamentares ou não”, afirmou.

Em seguida, o governador frisou que a posição de parlamentar “não dá livre acesso” e também “não dá a condição para desrespeitar a lei, desrespeitar a doença e desrespeitar a medicina”. Por fim, afirmou que “um mandato não significa impunidade” e que os parlamentares serão tratados como invasores se voltarem a agir da mesma forma.

Um dia após Bolsonaro estimular invasões a hospitais, um grupo chutou portas de uma unidade de Saúde no Rio de Janeiro. Eram parentes de uma senhora de 56 anos que havia morrido por coronavírus. Pelo menos seis pessoas apareceram revoltadas no hospital e exigiram o direito de conferir se os leitos estavam mesmo ocupados.

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