Política

Fruto do discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável, diz Lula sobre assassinato de petista no Paraná

O ex-presidente também classificou o autor dos disparos como uma vítima do mesmo discurso do atual Executivo brasileiro

Fotos: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O ex-presidente Lula (PT) usou as redes sociais neste domingo 10 para lamentar o assassinato do líder do PT no Paraná, Marcelo Arruda, morto a tiros disparados por um bolsonarista enquanto comemorava seu aniversário de 50 anos. A festa tinha como tema o ex-presidente.

Segundo escreveu Lula, tanto Marcelo, quanto José da Rocha Guaranho, autor dos disparos, seriam vítimas de um ‘discurso de ódio’ estimulado por Jair Bolsonaro (PL).

“Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda”, escreveu no início da publicação.

“Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável”, destacou Lula na postagem seguinte.

Vale registrar que a informação inicial divulgada pela Polícia Civil era de que o autor dos disparos também teria morrido no local após ser atingido por tiros de revide. Mais tarde, no entanto, a Secretaria de Segurança Pública do estado voltou atrás e informou que Guaranho estaria vivo e internado em estado grave.

Posição semelhante foi adotada por pelo PT em nota assinada pela presidenta nacional do partido, Gleisi Hoffmann, e pelo coordenador de Segurança Pública da sigla, Abdael Ambruster.

“Embalados por um discurso de ódio e perigosamente armados pela política oficial do atual Presidente da República, que estimula cotidianamente o enfrentamento, o conflito, o ataque a adversários, quaisquer pessoas ensandecidas por esse projeto de morte e destruição vêm se transformando em agressores ou assassinos.”

O caso

Marcelo Arruda, guarda municipal de Foz do Iguaçu (PR) e um dos líderes do PT na cidade, foi morto a tiros disparados por um bolsonarista na madrugada deste domingo 10 enquanto comemorava seu aniversário de 50 anos em uma festa com a temática do ex-presidente. com a temática do ex-presidente Lula. O autor dos disparos, José da Rocha Guaranho, não era conhecido pelo guarda e teria, segundo relatos, se incomodado com o tema da confraternização.

“Ele gritava ‘é Bolsonaro seus fdp… seus desgraçados… é o mito”, conta uma testemunha em conversa com CartaCapital. O assassino tira uma arma e aponta para os convidados, ainda dentro do carro. Ao seu lado estava uma mulher e um bebe.

Mais tarde, o homem desconhecido voltou ao local já com uma arma em punho para cumprir suas ameaças. Segundo outras testemunhas que presenciaram o atentado, o autor do crime aparentava estar sob efeito de drogas. A informação inicial divulgada pela Polícia Civil era de que ele também teria morrido no local após ser atingido por tiros de revide. Mais tarde, no entanto, a Secretaria de Segurança Pública do estado voltou atrás e informou que Guaranho estaria vivo e internado em estado grave.

Marcelo era guarda municipal há 28 anos e militante do PT, onde atuava como tesoureiro do diretório municipal. Em 2020, ele concorreu nas eleições locais como candidato a vice-prefeito indicado pela legenda. Ele também ocupava o cargo de diretor no Sindicato dos Servidores Públicos de Foz do Iguaçu. Ele deixa a esposa e quatro filhos, entre eles, um bebê de apenas um mês.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.