Política
Flávio Bolsonaro e Queiroz vão depor sobre vazamento de investigação
A suspeita é de que ambos tiveram acesso a informações da Operação Furna da Onça, que investiga esquema de rachadinha na Alerj
A Polícia Federal decidiu que vai intimar o ex-assessor Fabrício Queiroz a depor sobre as suspeitas de vazamento de informações de uma investigação sigilosa que mirou parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio e detectou movimentação financeira atípica nas contas dele.
A investigação foi iniciada pela Polícia Federal do Rio após depoimento do empresário Paulo Marinho, ex-aliado de Bolsonaro. Segundo ele, a equipe do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) recebeu informações vazadas de que Queiroz estava na mira das investigações da Operação Furna da Onça.
Com base em relatórios do antigo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), a operação detectou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em um intervalo de um ano feita por Queiroz, e que o coloca como suspeito de rachadinha juntamente com Flávio Bolsonaro.
Uma reportagem do O Globo, que tomou como base fontes da Polícia Federal, atesta que o delegado Jaime Cândido, responsável por conduzir o inquérito sobre o vazamento, já determinou o agendamento de uma data para o depoimento de Queiroz. Ele seria ouvido como testemunha e, por essa razão, não teria o direito de permanecer em silêncio.
Os investigadores suspeitam que Queiroz possa ter informações sobre o vazamento e que isso tenha motivado a sua demissão do gabinete de Flávio Bolsonaro, na época.
Queiroz foi preso na quinta-feira 18, preventivamente, pela Polícia Civil de São Paulo, em Atibaia, pela operação Ministério Público do Estado do Rio que investiga o esquema de rachadinha, desvio de salários, na Assembleia Legislativa do Rio.
Flávio Bolsonaro também é intimado
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro também intimou Flávio Bolsonaro a prestar depoimento sobre os possíveis vazamentos envolvendo a operação Furna da Onça.
A intimação foi encaminhada ao procurador-geral da República, Augusto Aras, dado o foro privilegiado do senador. A contar do recebimento da intimação, Flávio Bolsonaro tem 30 dias para marcar seu depoimento.
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