Política

Evangélicos votarão baseados na economia e não em ‘costumes’, defende pastor ligado a Lula

Segundo Paulo Marcelo Schallenberger, o diálogo com esta fatia do eleitorado buscará lembrar que, com Lula, os evangélicos não foram perseguidos e cresceram em quantidade no País

Aposta. Pastor Paulo Marcelo Schallenberger e Lula: tentativa de estreitar laços entre o PT e os evangélicos Foto: Divulgação
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Para Paulo Marcelo Schallenberger, pastor da Assembleia de Deus de Foz do Iguaçu, integrado à campanha do ex-presidente Lula (PT), o voto dos evangélicos em outubro deste ano será decidido pela situação econômica que enfrenta o Brasil e não pela pauta moral, como ocorreu em 2018.

A avaliação foi compartilhada pelo líder religioso ao jornal Valor Econômico desta quarta-feira 1º.

Esta eleição não deve ser definida pela pauta de costumes como foi em 2018. Isso é uma cortina de fumaça. O ‘chão de fábrica’ dos evangélicos vai decidir o voto pela ‘vida normal’”, defendeu.

Ainda segundo Schallenberger, a leitura do atual cenário já foi compartilhada por ele com Jilmar Tatto, secretário de comunicação do PT, em reunião realizada nesta terça-feira 31. Ela também será apresentada nos próximos dias ao novo marqueteiro da pré-campanha de Lula, Sidônio Palmeira.

Escalado pelo partido para fazer a ponte com eleitores evangélicos, ele também explicou como tem funcionado parte das estratégias para convencer este segmento a votar em Lula.

Nesses encontros, procuro lembrar que os evangélicos cresceram no país durante o governo Lula e não tivemos perseguições. Tivemos liberdade de culto e concessões de rádio e televisão”, destaca.

Ao todo, estão programados seis encontros que reúnem, em média, 150 pastores de denominações mais independentes, ou seja, que não estão intimamente ligados aos líderes da Igreja Universal ou da Assembleia de Deus, que formam a fatia principal da base bolsonarista. Uma destas reuniões já foi realizada no sábado.

A iniciativa busca preparar estes pastores para um encontro direto com Lula e Geraldo Alckmin (PSB) programado para agosto. O evento deve reunir mil religiosos em São Paulo.

As agendas buscam reverter uma das poucas desvantagens que Lula encontra nesta pré-campanha, segundo as pesquisas. No mesmo Datafolha que apontou chances de vitória do petista em primeiro turno, Lula aparece numericamente atrás de Bolsonaro no recorte eleitoral entre os evangélicos. Ao todo, de acordo com o levantamento, 47% desta fatia votariam em Bolsonaro, ante 45% em Lula.

 

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