Política

Entendo a agonia, mas temos de conter danos, diz Gleisi sobre apoio a Baleia

Em entrevista a CartaCapital, presidenta do PT afirma que decisão passa pela construção de uma ‘pauta mínima’

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A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, justificou nesta quarta-feira 6, em entrevista ao canal?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> de CartaCapital no YouTube, a decisão do PT de apoiar Baleia Rossi (MDB-SP) na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados.

Segundo ela, o partido optou pela construção de uma “pauta mínima” com o grupo capitaneado pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“O que foi mais importante foi uma agenda de negociação que pudemos fazer com esse bloco que apoia Baleia Rossi. Temos hoje duas candidaturas com condições de ganhar: Baleia Rossi e Arthur Lira. Lira é apoiado pelo governo Bolsonaro e pela base bolsonarista. O bloco de Baleia Rossi, embora faça parte da base de apoio do governo do ponto de vista da pauta econômica e liberal, é um bloco que vem se diferenciando ao longo dos últimos dois anos em vários aspectos”, afirmou Gleisi.

“A oposição avaliou a possibilidade de negociar uma pauta mínima na política, relativa à vida do povo: renda emergencial, vacinação universal, apoio à agricultura familiar e à produção de alimentos e, principalmente, a taxação dos mais ricos no processo da reforma tributária”, acrescentou.

Gleisi declarou que compreende “a agonia da militância” diante do apoio do partido a um deputado que votou a favor do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff em 2016, mas ressaltou a importância de “ocupar espaços no Parlamento” e “conter danos para avançar um pouquinho na pauta que interessa à maioria do povo”.

“É importante para a esquerda ter presidência de comissão. Isso nos dá instrumento para que a gente possa fazer ação lá dentro, fazer pautas, audiências públicas, enfrentar processos, ter relatoria de projetos, ocupar espaço na Mesa”, analisou.

Na entrevista a CartaCapital, Gleisi ainda avaliou o desempenho do PT nas eleições municipais de 2020, o surgimento de novas lideranças na esquerda e as perspectivas do campo progressista para as eleições de 2022.

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