Política

Empresário do MBL plantou fake news sobre Marielle Franco e Marcinho VP

Preso nesta sexta por suposta lavagem de dinheiro, Carlos Augusto de Moraes espalhou boatos sobre um romance da vereadora com o traficante

Créditos: Reprodução
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O empresário Carlos Augusto de Moraes, ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), e preso nesta sexta-feira 10 por suspeita de lavagem de dinheiro, foi responsável por viralizar uma fakenews que acusava acusava Marielle Franco de ter mantido um relacionamento com o traficante Marcinho VP e com a facção criminosa Comando Vermelho.

Os boatos relacionando a vereadora ao traficante começaram a circular na internet dois dias após seu assassinato, que aconteceu em 14 de março de 2018.

Uma das pessoas a replicar o conteúdo, na época, foi a desembargadora Marília de Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio, que depois afirmiu ter se precipitado.

No entanto, o site Ceticismo Político, ligado ao pseudônimo de Moraes nas redes – Luciano Ayan – se aproveitou das publicações para lançar uma reportagem com o título “Desembargadora quebra narrativa do PSOL e diz que Marielle se envolvia com bandidos e é ‘cadáver comum'”.

O link foi compartilhado por Ayan e depois replicado pelo MBL.

Segundo levantamento do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic),  da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que já fazia o monitoramento de boatos envolvendo o nome da vereadora após sua morte, mais de 4.000 pessoas se engajaram com o conteúdo, o que gerou mais de 360 mil compartilhamentos só no Facebook. O assunto acabou ocupando o primeiro lugar entre os mais falados naquele dia na rede social.

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