Política
Em vídeo, coligação ‘ensina’ como se pronuncia Haddad ao eleitorado
Um podcast publicado há duas semana perguntou ao ex-prefeito de São Paulo o que achava da confusão feita com seu sobrenome
Com pouco mais de 20 dias para consolidar o nome de Fernanda Haddad como o candidato à Presidência pelo PT, o partido lançou nesta quarta-feira 12 um vídeo que explica como pronunciar o nome do cabeça de chapa corretamente. Na inserção veiculada nas redes sociais de 70 segundo mostra várias pessoas pronunciando o nome de Haddad das mais diferentes formas: Hadálio, Haider, Hadi, Hádila…
Em seguida, ao explicar a pronúncia correta, o vídeo tenta vincular o nome do candidato ao Lula como se os dois fossem a mesma pessoa, com eleitores repetindo: “Haddad é Lula, Lula é Haddad”.
A dificuldade de entender o sobrenome do ex-prefeito de São Paulo não é de hoje. Há duas semanas, quando ele ainda era apresentado como o vice pelo PT, podcast da coligação “O Brasil Feliz de Novo” brincou com a confusão que as pessoas fazem durante comícios sobre o seu sobrenome. “E você sabe quem que é o vice do Lula? Fernando Andrade…, quer dizer, Haddad”, diz o narrador do áudio.
O narrador simulou também uma entrevista com o petista. “E o que você acha do pessoal te chamar de Andrade?”, pergunta ao ex-prefeito de São Paulo, que responde:
“Rapaz, o Brasil felizmente tem muito imigrante, né. Tem imigrante de todo o canto, né? Imagina um polonês o que deve ter sofrido aqui (risos). Eu ainda árabe consigo me livrar melhor. Mas é carinhoso, né…. Um jeito bondoso de tratar as pessoas.”
Haddad ainda relembra que, em 2012, quando disputava a Prefeitura de São Paulo seu nome popular era Adalto. “Aqui em São Paulo eu comecei como Adalto, terminei como Haddad e ganhei a eleição. Esse é o jeito de assimilar culturas estrangeiras, receber bem.”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.