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Em ano de eleição, Bolsonaro expande a isenção de impostos a pastores e outros religiosos

O novo ato desobriga instituições religiosas do pagamento de impostos sobre os salários

Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante reunião com Pastor Gilmar Santos, Presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil Cristo Para Todos (CONIMADB) - Foto: Carolina Antunes/PR
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A Receita Federal determinou isenções de contribuições previdenciárias sobre os salários dos chamados ministros de confissão religiosa – padres, ministros, pastores e outros.

A proposta estabelece que os salários de “ministros e membros”, desde que comprovados, estão dispensados de pagamento de impostos. Dentre os critérios estão: “grau de instrução, irredutibilidade dos valores, número de dependentes, posição hierárquica e local do domicílio”. 

O presidente chegou a dizer, nesta terça-feira (16), que a medida atende ao pedido de pastores evangélicos contra o que chamam de “perseguição” do Fisco. 

O ato, publicado em 1º de agosto no Diário Oficial da União, é assinado pelo secretário especial do órgão, Júlio Cesar Vieira Gomes. Vieira Gomes é um antigo conhecido da família Bolsonaro. Apresenta, em especial, uma relação próxima com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), considerado peça-chave para sua nomeação.

O público religioso, sobretudo o “alto clero” de grandes igrejas evangélicas e certas figuras ligadas ao catolicismo ‘linha-dura’, compõe um segmento importante da base de apoio a Bolsonaro. Além da nova isenção de impostos sobre os salários, o Ministério da Economia com aval do Presidente já havia perdoado o equivalente a 1,4 bilhão de reais em dívidas das igrejas.  

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