Política
Eduardo Bolsonaro diz que vai processar “esquerdalha democrática”
O deputado disse que falou de forma ‘hipotética’ sobre uma possível volta do AI-5, caso haja no Brasil uma situação semelhante a do Chile
A polêmica em torno da declaração sobre o AI-5 parece não desgrudar de Eduardo Bolsonaro. E o próprio se encarrega de botar mais gasolina no incêndio que virou a declaração dada em entrevista à jornalista Leda Nagle e que ganhou repercussão na quinta-feira 31, gerando uma onda de repúdio generalizada.
Neste sábado 2, Eduardo postou um vídeo em seu Twitter dizendo que vai “processar a esquerdalha democrática” por declarações que agridem a democracia. “Fica parecendo que eu sou o autoritário, enquanto o pessoal que de fato está incitando a violência no Brasil e querendo trazer tudo o que está acontecendo no Chile pra cá está passando batido”, disse o deputado sobre o que chama de massacre da imprensa.
VOU PROCESSAR A ESQUERDALHA “DEMOCRÁTICA”
Vamos ver a repercussão sobre algumas falas de parlamentares que agridem a democracia, ao contrário da minha que ficou bem clara se tratar de uma situação hipotética e, como já afirmei, sem a possibilidade de retorno do AI-5. pic.twitter.com/w0AJ2kNhgQ
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) 2 de novembro de 2019
Mais cedo, ele fez uma outra postagem em vídeo, com uma montagem de trechos de discursos de parlamentares de esquerda, insinuando que faziam incitação à violência. Eduardo disse está pensando em medidas cabíveis contra quem, segundo ele, tem incitado a violência e a quebra da ordem democrática. “A gente não pode entender como natural o que o Foro de São Paulo está fazendo lá no Chile. Eu acredito na imunidade parlamentar, mas pau que dá em Chico também tem que dar em Francisco”, declarou.
O que Benedita da Silva (PT), Mauro Iasi (PCB), Vagner Freitas (CUT), Zé Dirceu, Aristides (CONTAG) e Ciro Gomes (PDT) tem em comum?
-Todos pregaram a violência como forma política;
-Todos são de esquerda;
-Todos foram afagados pela extrema imprensa. pic.twitter.com/5b9Bo2Gc3v— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) 2 de novembro de 2019
O deputado disse que falou de forma hipotética sobre uma possível volta do AI-5, caso haja no Brasil uma reação popular semelhante ao que está acontecendo no Chile. Também insistiu na participação do Foro de São Paulo nas manifestações chilenas (o parlamentar afirmou que o dinheiro que “banca” os protestos vem das “ditaduras” cubanas e venezuelanas).
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