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‘É um partido cristão, sou muito cristão’, diz Fittipaldi sobre concorrer na Itália por sigla de extrema-direita

O ex-piloto de Formula 1 buscará uma vaga no Senado pelo Fratelli d’Italia, de Giorgia Meloni

O ex-piloto Emerson Fittipaldi. Foto:  Alfredo Estrella/AFP
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O ex-piloto de Formula 1 Emerson Fittipaldi tentou justificar a decisão de concorrer ao Senado da Itália nas eleições de setembro pelo Fratelli d’Italia, de extrema-direita. Segundo ele, “o fascismo e o nazismo foram enterrados há muitos e muitos anos”.

“Não existe partido fascista. O meu partido é de centro-direita, não é de extrema-direita. É um partido cristão, porque sou muito cristão. É um partido que respeita a família. Eu jamais entraria num partido que tem ideologia fascista”, alegou, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

A líder do Fratelli d’Italia é Giorgia Meloni, antieuropeísta e nacionalista, que tem possibilidades concretas de se tornar primeira-ministra após as eleições de 25 de setembro.

Fundado em 2012 depois do fracasso do Povo da Liberdade, o Fratelli d’Italia é filho da Aliança Nacional de Gianfranco Fini e neto do Movimento Social Italiano, a legenda pós-fascista do país durante a segunda metade do século XX.

“Ela [Meloni] segue os passos do Berlusconi, e eu sempre admirei o Berlusconi. Até almocei com ele há uns dois anos e gostei muito. Quando ele entrou na política italiana, acho que a Itália avançou bastante para o lado certo”, avaliou o ex-piloto.

Fittipaldi ainda disse não ter conversado com o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a candidatura, mas acredita ter o apoio do ex-capitão, porque “ele gosta de partidos de centro-direita e é ‘oriundi’ também”.

Desde 2006, com a aprovação de uma emenda constitucional, seis cadeiras do Senado são reservadas para italianos residentes no exterior.

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