Política

Comitê defende a aquisição de vacinas contra a Covid-19 pela iniciativa privada

O grupo, formado mais um de ano depois do início da pandemia, ainda citou a possibilidade de oferta de leitos privados à rede pública

Foto: Reprodução/TV Câmara Créditos: Divulgação
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, concedeu uma entrevista coletiva nesta quarta-feira 31 após a primeira reunião do Comitê de Coordenação Nacional para o Enfrentamento à Pandemia da Covid-19. Participaram do encontro e da entrevista os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Aos jornalistas, Queiroga citou duas propostas legislativas, em iminência de aprovação pelo Congresso Nacional, que podem, segundo o grupo, beneficiar as ações contra o novo coronavírus.

Uma delas se refere à participação da iniciativa privada na aquisição de vacinas, com um eventual repasse de doses ao Sistema Único de Saúde. A outra diz respeito à possibilidade de oferta de leitos privados à rede pública em troca de compensações tributárias.

 

Durante sua explanação, o ministro da Saúde afirmou que a primeira reunião do comitê representou uma “materialização da harmonia entre os Poderes”.

Ainda de acordo com Queiroga, o objetivo é reduzir o número de óbitos e cortar a transmissão da doença, a fim de reduzir a pressão sobre o sistema de saúde. “O compromisso é com práticas científicas sólidas que possam trazer melhoras nos resultados de mortalidade que temos até agora”.

Queiroga defendeu  a vacinação como um passaporte para o fim da pandemia e afirmou que o Ministério da Saúde segue em tratativas para ampliar os estoques de vacinas já adquiridas, para além dos imunizantes do Instituto Butantan e da Fiocruz.

O Brasil adquiriu 8 milhões de doses da Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, com previsão de chegada dos lotes em abril. No entanto, na terça-feira 30 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária negou um pedido de Certificação de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos ao laboratório.

Em sua intervenção, Arthur Lira apontou serem necessárias melhorias nos dados sobre o avanço da vacinação em todo o País.

“Por que o Brasil distribuiu 34 milhões de vacinas e só temos 18 milhões de doses aplicadas?”, questionou. “Tem estado que recebeu 3 milhões de doses e vacinou 1,5 milhão. O ministério pode entender que ele tem estoque de 1,5 milhão e pode distribuir ou pode entender que há atraso nas informações”, complementou, ao afirmar que não acredita em má-fé por parte de governadores.

Sobre a participação da iniciativa privada no acesso às vacinas, Lira negou que haja conflito de interesse e afirmou que a discussão será feita de forma transparente no Parlamento.

“Qualquer brasileiro vacinado é um a menos na estatística de contrair o vírus. Precisamos fortalecer o Sistema Único de Saúde, mas estamos numa guerra e qualquer medida é válida. A Câmara está atenta e à disposição para que as medidas legislativas possam auxiliar para se ter mais agilidade e ferramentas no combate à pandemia”, disse o presidente da Câmara.

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