Política
Comissão presidida por Eduardo Bolsonaro aprova repúdio a Fernández
Requerimento afirma que novo presidente argentino afrontou justiça brasileira ao apoiar soltura de Lula
Presidida pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) aprovou, nesta quarta-feira 6, um requerimento que pede o repúdio ao presidente eleito na Argentina, o peronista Alberto Fernández, por desrespeito ao sistema judiciário brasileiro.
A queixa se dá pela postura de Fernández em apoiar publicamente a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O documento aprovado não cita o petista nominalmente, mas diz que é afrontosa a menção de “ex-presidente brasileiro” como preso político.
O requerimento, proposto pelo deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), afirma que “ao questionar as decisões judiciais brasileiras, o presidente eleito sinaliza não pretender estabelecer canais de diálogo entre os dois países”.
O parlamentar também escreve que a chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner tem intenções de restituir “populismo histórico” e “dependência social por meio da estatização e ineficiência da economia”.
“Pode-se dizer que houve uma quebra de decoro internacional que preza pelas boas relações diplomáticas”, diz o documento. “Como se não bastasse, o declarado apoio do sr. Fernández a ex-líderes da América do Sul que estão condenados em mais de uma instância, ou respondendo a processos por crimes contra a sociedade e a ordem financeira de seus estados, revela a linha que será adotada pela nova administração argentina”.
Incomodado com a eleição de Fernández, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) enviará o ministro da Cidadania, Osmar Terra, para representá-lo na cerimônia de posse no país vizinho. O presidente brasileiro já quebrou a tradição diplomática ao não cumprimentar o novo chefe de estado argentino após a vitória.
Durante a campanha, Bolsonaro chegou a chamar a chapa Fernández-Kirchner de “bandidos de esquerda” e disse que argentinos fugiriam do país se a dupla fosse vencedora.
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