Política

CNMP nega afastar Deltan Dallagnol por acusações a Renan Calheiros

Senador argumentou que o coordenador da Lava Jato tentou interferir em eleição no Congresso Nacional

Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) rejeitou o pedido do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para que o procurador Deltan Dallagnol fosse afastado do cargo temporariamente. A decisão ocorreu nesta terça-feira 10.

A negativa se deu em julgamento pelo conselho sobre a abertura de um processo disciplinar contra o coordenador da Operação Lava Jato a partir de requerimento apresentado por Calheiros.

O senador argumentou que Dallagnol tentou interferir nas eleições de 2018, por declarações do procurador em suas redes sociais na época, e também quando Calheiros travava embates pela presidência do Senado com Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Dallagnol escreveu, por exemplo, que, se Renan fosse presidente do Senado, “dificilmente veremos reforma contra corrupção aprovada”. “Tem contra si várias investigações por corrupção e lavagem de dinheiro. Muitos senadores podem votar nele escondido, mas não terão coragem de votar na luz do dia.”

No entanto, o relator e corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, afirmou que o caso levaria a somente uma punição de censura, e acabou negando a representação. Segundo ele, o caso é passível de punição por censura. Um pedido de vista do conselheiro Fábio Estica suspendeu a análise, que não tem previsão de data.

Dallagnol é alvo de outras 11 representações no CNMP, mas responde a apenas um processo administrativo disciplinar, que se trata de uma “manifestação pública indevida” em uma entrevista à rádio CBN. Em sua fala, o chefe da Operação Lava Jato acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de “panelinha” e afirmou que decisões dos magistrados passam a mensagem de leniência com a corrupção.

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