Política

Cid diz que Ciro tem tempo para definir chapa e deseja União Brasil e PSD na aliança

De acordo com o senador, a saída de Moro da disputa pela presidência facilita a aproximação do pedetista com candidatos da chamada terceira via

Foto: Agência Senado
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A pré-candidatura de Ciro Gomes (PDT) à presidência conta com o tempo e com o calendário eleitoral para formar as alianças que podem fazer do pedetista o nome mais viável da chamada terceira via.

De acordo com o senador Cid Gomes (PDT), a saída do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) da disputa facilita a aproximação do ex-governador do Ceará com os partidos de centro, pois, com a presença do ex-ministro da Justiça, não havia possibilidade de acordo.

Ciro, que se reuniu na última quarta-feira 6 com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), tem buscado uma aproximação com o União Brasil e o PSD, tratados como partidos ideais para formação de uma chapa. Recentemente, o pedetista esteve com Luciano Bivar, presidente do UB, e com Gilberto Kassab, do PSD.

“Eu acho o PSD o [partido] que a gente tem mais amigos em comum. Temos boa relação no Ceará, em Minas, no Rio de Janeiro”, comentou Cid nesta quinta-feira 7 com CartaCapital.

Sobre o União Brasil, o parlamentar elogiou Bivar, a quem define como “um político pernambucano com palavra”, e acha justo que, em caso de aliança, a legenda indique o vice. “É razoável que o maior partido do Brasil tenha o vice.”

Na conversa, o senador voltou a apontar que Ciro é o único candidato que apresentou um projeto e o que aparece melhor posicionado nas pesquisas de opinião pública. Com a desistência de Moro, segundo os levantamentos divulgados nesta semana, o pedetista assume isoladamente a terceira colocação, atrás do ex-presidente Lula (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Se o critério é pesquisa, quem está melhor situado: Ciro Doria, Bivar ou Tebet?”, questionou. “O ideal seria que todos os partidos que ainda não têm candidato se sentassem para conciliação. Estamos dispostos a participar e buscar apoios”.

Apesar do União Brasil, o MDB e o PSDB anunciarem que apresentarão um candidato de consenso no dia 18 de maio, Cid diz não acreditar na possibilidade. “Eu aposto que não definirão”, declara, “pois o calendário da política estabelece que as convenções partidárias só podem acontecer a partir do dia 20 de julho até 5 de agosto”.

Para chegar a um acordo, o senador diz que o seu irmão está disposto a abrir mão de alguns pontos do seu plano de governo.

“Não temos preconceito em governar com partidos que não tenham a mesma ideologia que a nossa”, disse, “e somos capazes de publicamente dizer: ‘estou abrindo mão disso que eu defendo para conciliar com a força que tem uma visão diferente”.

Para ele, a aliança que o PDT tem no Ceará – que vai do PCdoB ao Republicanos – é viável no plano nacional. “É um pragmatismo puro, aberto e transparente para sair da polarização entre Lula e Bolsonaro”.

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