Política

‘Caso Covaxin’: sócio da Precisa Medicamentos diz que não pode ir à CPI

O depoimento de Francisco Emerson Maximiano está marcado para esta quarta-feira 23

Foto: Dibyangshu Sarkar/AFP
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O empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, disse à CPI da Covid que não poderá comparecer ao depoimento marcado para esta quarta-feira 23. O argumento utilizado em petição enviada ao presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), é o de que Maximiano cumpre uma quarentena de 14 dias.

“Conforme se depreende da documentação em anexo, o peticionário desembarcou no Brasil, mais especificamente no aeroporto internacional de Guarulhos, no último dia 15.06, provindo de viagem da Índia”, diz trecho do documento.

À tarde, Omar Aziz informou que o depoimento de Maximiano será adiado para a semana que vem.

A Precisa Medicamentos entrou no foco da CPI devido à compra da vacina indiana Covaxin pelo governo de Jair Bolsonaro. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde comprou 20 milhões de doses do imunizante a 15 dólares por dose, valor 1000% superior ao anunciado seis meses antes pela própria fabricante.

Essa vacina foi a única a ser adquirida com a participação de uma empresa intermediária, justamente a Precisa Medicamentos.

Segundo o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), a negociação foi “absurda”. Na manhã desta terça, o senador disse que Maximiano poderia ser alvo de uma condução coercitiva se não comparecesse à oitiva.

“Nós vamos aprofundar, nesta semana teremos um olhar especial para a negociação da Covaxin, que parece absurda sobre qualquer aspecto”, disse Renan. “Era a vacina mais cara com o mais demorado calendário”.

Renan ainda chamou a atenção para o fato de a Covaxin ser a única vacina comprada pelo governo brasileiro por meio de um “atravessador”.

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