Política

Bolsonaro lamenta morte de Jô Soares, mas cita ‘divergências ideológicas’

Bolsonaro aproveitou a postagem para reforçar seu discurso político a favor da ‘liberdade’

Créditos: Antonio Cruz / Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro foi às redes sociais lamentar a morte do humorista Jô Soares. Apesar de tecer elogios ao artista o chefe do Executivo cita na postagem “divergências” ideológicas. Jô Soares morreu na madrugada desta sexta-feira em São Paulo aos 84 anos. A causa da morte não foi revelada.

“Independentemente de preferências ideológicas, Jô Soares foi uma grande personalidade brasileira que conquistou a todos com seu modo cômico de discutir assuntos profundos. Que Deus conforte a família e o acolha com a cordialidade que o próprio Jô recebia a todos”, publicou o presidente.


Bolsonaro aproveitou a postagem para reforçar seu discurso político a favor da “liberdade”. Para o presidente, há um processo de corrosão das liberdades individuais no País patrocinado pelo Supremo Tribunal Federal. “Jô sempre fez bom uso do seu direito de livre expressão. Por muitas vezes teceu duras críticas contra mim, inclusive. Mas foi por viver num país livre, não em um regime autoritário, que ele pode exercê-lo integralmente. Essa é a beleza da democracia”.

De acordo com Bolsonaro, as “divergências” com Jô agora não fariam diferença. “No fim das contas, as divergências pouca diferença fazem na hora de nossa partida para perto de Deus. O que fica são as nossas obras, e Jô Soares deixa para o Brasil um exemplo de postura, elegância e bom humor, e, por isso, tem o meu respeito”, escreveu o presidente nas redes sociais.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo