Política

Bolsonaro e Partido Militar disputam o 38, alusivo à arma, para seus partidos

A combinação também é a escolha do Partido Militar, que abriria mão pela vontade do presidente e ficaria com o 64, em alusão à ditadura

O presidente Jair Bolsonaro (Foto: Evaristo Sá/AFP)
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O presidente Jair Bolsonaro anunciou, na noite desta quinta-feira 21, que seu novo partido, Aliança Pelo Brasil, será representado pelo número 38, o mesmo número do calibre do revólver mais conhecido no Brasil.

Ao anunciar o número da nova legenda, Bolsonaro não fez associação com a arma, disse apenas ser um número fácil de ser memorizado. “E o número escolhido é o 38. Tínhamos poucas opções e acho que o número 38 é mais fácil de gravar”, disse Bolsonaro.

O número, no entanto, já havia sido requisitado pelo Partido Militar, que o presidente da bancada da bala, Capitão Augusto (PP-SP), pretende criar. Em entrevista ao Congresso em Foco, Capitão Augusto garante que não vai brigar com o presidente pelo número que faz referência ao calibre de armas mais popular do Brasil porque já tem uma segunda opção para a sua sigla: o 64, referente ao ano do golpe de Estado que deu início à ditadura no Brasil, em 1964.

“Sinal que gostou da minha ideia, que é em homenagem ao calibre 38, que é o mais conhecido no Brasil, o três oitão”, avaliou o deputado. “Se ele porventura pegar primeiro, eu tenho minha segunda opção que é pegar o número 64, em homenagem à revolução democrática que salvou o país do comunismo”, disse o presidente da bancada da bala, referindo-se à ditadura instaurada no Brasil em 1964.

O TSE explica que o número é escolhido no momento em que, uma vez superada a fase de coleta de assinaturas, é protocolado o respectivo Requerimento de Registro de Partido Político. “Esse número deve ser escolhido dentre os números de 1 a 99 que ainda não estejam sendo usados por outros partidos já registrados”, diz o tribunal.

Tanto Jair Bolsonaro quando Capitão Augusto precisam recolher 500 mil assinaturas para que seus partidos sejam reconhecidos pela Justiça Eleitoral. Aliados do presidente acreditam que será possível lançar o novo partido antes das eleições do próximo ano ou, no mais tardar, antes do pleito de 2022.

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