Política

Bolsonaristas estão mais engajados que os eleitores de Lula, diz presidente do Instituto Locomotiva

Capacidade de mobilização da extrema-direita tem se mostrado mais relevante e já se reflete em pesquisas eleitorais, afirma Renato Meirelles

O presidente Jair Bolsonaro em ato de apoiadores no Dia da Independência. Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
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Apesar de não ser o primeiro colocado nas pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem apoiadores com maior engajamento que o seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo avaliação do presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, em entrevista nesta sexta-feira 18 ao programa Direto da Redação, no canal de CartaCapital no YouTube.

O instituto divulgou recentemente uma pesquisa que mostra que o eleitorado que se identifica como “extremista” passa de 30%: a extrema-direita reúne 18%, enquanto a extrema-esquerda angaria 13%.

Questionado se observa que a população de extrema-direita tem condições de levantar os índices de intenção de voto em Bolsonaro de forma expressiva, Meirelles diz que a mobilização desses setores se reflete nos levantamentos.

“Os eleitores bolsonaristas estão mais engajados. Na prática, estão saindo mais à rua, ligando para mais gente, transmitindo mais mensagens pelas redes sociais. São eleitores que acreditam menos que a eleição está ganha, como acreditam os eleitores mais ligados à esquerda, que dão como certa a vitória de Lula”, afirmou.

Para Meirelles, “a capacidade de mobilização bolsonarista é maior que a capacidade de mobilização dos eleitores do Lula, não pelo seu tamanho, mas, hoje, pelo seu engajamento”. Segundo ele, isso começa a se refletir nas pesquisas em que Bolsonaro recupera terreno.

O especialista considera que as restrições sanitárias impediram que houvesse articulações mais significativas do campo progressista no ano passado. Além disso, faltava a proximidade do processo eleitoral, um momento do País em que a população amplia a mobilização.

Conforme mostrou CartaCapital, a Campanha Fora Bolsonaro convocou protestos para 9 de abril, com a palavra de ordem “Bolsonaro nunca mais”. A frente de movimentos sociais coordenou atos massivos pelo impeachment de Bolsonaro em 2021.

Confira a entrevista na íntegra:

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