Política

Araújo chora, cita Bíblia e diz que Bolsonaro é pedra do ‘novo Brasil’

Em discurso a jovens diplomatas, chanceler declarou que política externa não vai recuar nem na milionésima crítica

(Foto: Marcos Corrêa/PR)
Apoie Siga-nos no

O discurso do chanceler Ernesto Araújo na cerimônia de formatura dos jovens diplomatas do Instituto Rio Branco, nesta sexta-feira 3, foi marcado por passagens inusitadas.

Em pouco mais de doze minutos, Araújo chorou em vários momentos. Embargou a voz ao falar que ‘nem tudo serão’ rosas na vida dos formandos. Também defendeu uma diplomacia ‘com sangue nas veias’, e que os novos membros do Itamaraty se engajem em uma política externa diferente, ‘que escape ao mundo repetitivo e fechado dos tautólogos’.

 

“Vivemos num círculo fechado, em que qualquer tentativa de correlacionar fatos é imediatamente chamada de teoria da conspiração”, reclamou.

Bolsonaro em evento no Instituto Rio Branco, em Brasília (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O primeiro-ministro também rebateu críticas à atuação do governo brasileiro na intentona de Juan Guaidó contra o governo Maduro na Venezuela. “A absoluta falta de ideais em relação à Venezuela me espanta, especialmente por parte da imprensa e de comentaristas. Mas essa nossa política externa não recua nem na milionésima crítica”, disse, segurando as lágrimas.

Terminou o discurso citando uma passagem bíblica, comparando o presidente Jair Bolsonaro a uma pedra que, outrora rejeitada, se tornou a base de uma construção.

“A pedra que a mídia rejeitou, que os intelectuais rejeitaram, que tantos artistas, que tantos autoproclamados especialistas rejeitaram… Essa pedra se tornou a pedra angular do ‘edifício de um novo Brasil’, esse raio vívido de amor e esperança que à terra desce.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.