Política

Aras posta vídeo antigo para defender o sistema eleitoral e silencia sobre Bolsonaro

O procurador-geral da República exaltou as urnas eletrônicas durante entrevista a correspondentes estrangeiros, em 11 de julho

O procurador-geral da República, Augusto Aras. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, divulgou em seu canal no Youtube nesta quinta-feira 21 um vídeo de 11 de julho em que defende o sistema eleitoral brasileiro. Ele não mencionou os ataque do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas em reunião com embaixadores na segunda 18.

“Diante dos últimos acontecimentos no País, o procurador-geral da República, Augusto Aras, recorda a necessidade de distanciamento, independência e harmonia entre os poderes”, diz uma nota publicada no início do vídeo.

Nos trechos seguintes, editados, Aras afirma que as “as instituições existem para intermediar e conciliar os sagrados desejos do povo, reduzindo a complexidade das relações entre governantes e governados”.

Ele também declara não aceitar “alegação de fraudes” no sistema eleitoral. “Nós temos visto o sucesso da urna eletrônica ao longo dos anos. Especialmente no que toca à lisura dos pleitos.”

Aras emenda: “A polarização do Brasil não é diferente de outros países. Nós, aqui no Brasil, temos não só buscado medidas judicias que punam culpados, mas também promovido programas de pacificação social e respeito ao contrário”.

O vídeo é um compilado de declarações do PGR em entrevista concedida a correspondentes estrangeiros.

Aras vinha sendo cobrado por não se manifestar sobre as declarações do ex-capitão aos embaixadores. No evento, Bolsonaro atacou o sistema eleitoral e a Justiça Eleitoral, insinuando que as instituições estariam agindo em conluio para reeleger o ex-presidente Lula (PT).

Na terça-feira, um grupo de procuradores do Ministério Público Federal protocolou um pedido para que Aras abra uma investigação sobre as ilações de Bolsonaro.

O grupo, formado por mais de 40 procuradores regionais, afirma que a conduta do presidente “afronta e avilta a liberdade democrática” e pode configurar ilícitos eleitorais decorrentes do abuso de poder.

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