Política

Alcolumbre diz que senadores contra decreto de armas são ameaçados

Presidente do Senado chamou autores das ameaças de ‘covardes’ e disse que tomará providências cabíveis

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/EBC)
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O presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi ao Twitter para protestar, nesta sexta-feira 14, contra ameaças recebidas por senadores que querem derrubar o decreto de flexibilização do porte de armas, editado em maio pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). O decreto foi rechaçado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa nesta semana.

“Recebi com indignação as notícias de que senadores da República estão sendo ameaçados por defenderem a derrubada do decreto de armas”, afirmou o líder. “É, no mínimo, preocupante que o direito e o dever do exercício da atividade parlamentar, legitimado pelo voto do povo, sejam restringidos por meios de covardes e, inclusive, de flagrante injustiça e afronta à segurança dos parlamentares”, completou. Alcolumbre disse ainda que tomará providências necessárias para garantir a proteção e a liberdade de expressão constitucional e política de cada legislador.

Segundo a jornalista Mônica Bergamo, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) iria à polícia em Brasília, para comunicar que está sofrendo ameaças de morte. O parlamentar teria recebido telefonemas em seu gabinete e mensagens de WhatsApp, com ataques sobre sua posição contrária ao decreto de Bolsonaro. Em uma das mensagens, estaria escrito que, quando o senador fosse ao Rio “para participar de festinhas noturnas”, seria recebido com “caixas de ovos”. Em outra chamada, uma pessoa teria dito: “Eu desafio o senador a sair na rua sem os seguranças armados”.

Nesta quinta-feira 13, durante transmissão ao vivo no Facebook, Bolsonaro reclamou sobre o fracasso da tramitação de seu decreto na CCJ do Senado. O presidente da República citou os Estados Unidos como um exemplo de sucesso na facilitação do porte de armas. “Se alguém entrar na casa do americano e levar chumbo, se a pessoa morreu ou não, o dono da casa que atirou não tem problema nenhum”, argumentou.

A discussão sobre o decreto segue para o plenário do Senado.

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