Política
Ala do PT desiste de romper com Freixo, mas quer liberdade para se juntar a outros candidatos
O objetivo, defende Washington Quaquá, é ‘ampliar o palanque de Lula no estado, isolando o bolsonarismo’
Uma ala do PT encabeçada pelo vice-presidente nacional Washington Quaquá defende autorizar a militância do partido no Rio de Janeiro a se aproximar de outros candidatos ao governo fluminense além de Marcelo Freixo (PSB).
Quaquá retirou nesta quinta-feira 4 um recurso apresentado à Comissão Executiva Nacional do PT no qual defendia o rompimento formal com o PSB. Agora, ele afirma que o melhor cenário é se juntar também a outros postulantes, ainda que oficialmente os petistas endossem Freixo.
“As últimas divergências ocorridas em relação ao acordo feito e descumprido pelo PSB não podem prejudicar o principal”, diz trecho de um documento enviado por Quaquá ao comando nacional. “Por isso encaminho à direção nacional do PT a retirada de meu recurso e solicito que seja dada a orientação para a militância e que, mesmo tendo dado o apoio formal do PT à chapa do PSB, se busque ao máximo ampliar o palanque do presidente Lula no estado, ampliando nossa campanha e isolando o bolsonarismo.”
Os petistas acusam o PSB de descumprir um acordo pelo qual Freixo seria o postulante ao governo estadual e André Ceciliano (PT) seria o nome da aliança para o Senado. Os pessebistas decidiram lançar Alessandro Molon à Casa Alta.
Nesta quinta, a Executiva Nacional do PT adiou uma definição sobre o rompimento com Freixo, ainda à espera de alguma sinalização do PSB. O impasse tem de se resolver, obrigatoriamente, até esta sexta 5.
“No Rio não pode haver interesse individual ou de grupo que se sobreponha ao objetivo principal, que é isolar o bolsonarismo nos seus 25 a 30% e ampliar a campanha de Lula”, defendeu Quaquá na reunião da Executiva.
O vice-presidente já havia reivindicado, em entrevista a CartaCapital, uma aproximação com o candidato do PDT ao governo fluminense, Rodrigo Neves. Neste desenho, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), “seria o coordenador da campanha de Lula”. Ainda assim, Quaquá argumenta que o ex-presidente poderia participar de outros palanques.
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