Frente Ampla

Desarme-se

A escolha, nada difícil, é entre um País para todos ou um Brasil para poucos privilegiados

Foto: Nelson Jr./ASICS/ TSE Foto: Nelson Jr./ ASICS/ TSE
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Um processo judicial a cada seis dias. Este é o retrato de um presidente que se elegeu sob o falso manto do combate à corrupção e da eficiência máxima. Não cumpriu nem um nem outro. O único compromisso que levou com grande prioridade foi com a política de armas e a da devastação. Uma politica de morte e destruição do Estado brasileiro e das politicas públicas. Governou para poucos. Enganou muitos. Manteve uma narrativa que, impulsionada por fakenews e por seguidores fanáticos, é facilmente derrubada pelos que ainda guardam algum resquício de racionalidade. A cada live de quinta-feira ataques às instituições, mentiras, estímulo e aval para a violência contra os que considera seus inimigos. E o Brasil chega a 2022 com índices assustadores de fome, desassistência, pobreza e desemprego. Às vésperas das eleições vocifera e articula um golpe.

A resposta já está sendo dada, dentro e fora do Brasil. As mortes não são aceitas, apuração e punição rigorosas são exigidas. Mais e mais setores entendem a gravidade do roteiro anunciado, com tumultos sendo construídos diante de uma derrota previsível, e reagem ao ataque às urnas eletrônicas e ao discurso bolsonarista que pretende desqualificar um dos pilares de nossa democracia: o voto. Independente da posição de cada um, o processo eleitoral no Brasil tem sido um exemplo de agilidade no resultado e de segurança. Uma festa democrática onde todos podem participar e exercer seu legítimo direito de optar por seus representantes nas assembleias e governos estaduais, no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto.

Em 2018, a abstenção atingiu 20,3% do eleitorado, maior percentual desde 1998. Estamos falando de quase 30 milhões de eleitores que estavam aptos, mas não compareceram às urnas. Certamente, há mais de uma explicação para esse dado alarmante, mas não deixa de ser preocupante que tantas pessoas sejam desestimuladas a contribuir numa escolha que interfere diretamente em suas vidas.

Alguns creditam à polarização, outros a uma crescente onda de frustração com a política. Qualquer que seja, nada justifica abrir mão de um direito fundamental à nossa democracia. Está cansado da polarização? VOTE. Está insatisfeito com os políticos? VOTE. É pelo voto que consolidamos o processo democrático e contribuímos para mudar os rumos do Brasil. Com cada voto será moldado o destino do país e o seu.

DESARME-SE. Não caia no discurso golpista ou nas mentiras disparadas à exaustão. Pense na sua vida nesses 4 anos de governo Bolsonaro. Pense nos que dependem de políticas públicas de saúde e educação para terem perspectivas de futuro. Veja a disparada dos preços dos alimentos, a inflação, o preço do gás e dos combustíveis. Analise como este governo tratou os brasileiros e brasileiras que enfrentaram a pandemia. Compare. E não permita que o ódio e o preconceito orientem seu voto ou sua decisão de votar ou não.

DESARME-SE. Confira as informações que recebe. Analise a trajetória de cada candidata ou candidato. E, principalmente, faça sua parte para o Brasil voltar a se desenvolver de forma sustentável, gerar emprego e renda, se afirmar como nação soberana e altiva. Investindo na ciência, reforçando creches, escolas e universidades. Fortalecendo a capacidade criativa, a liberdade de ensinar e aprender. Apostando no amor e não no ódio. Trabalhando pela paz e não estimulando a violência. Sabendo que a violência política mata.

DESARME-SE. Para enfrentar o racismo e a misoginia. Valorizando a diversidade humana, cultural e religiosa, sem tentar enquadrar as pessoas em um único padrão e modo de viver. Para que todos tenham uma vida digna, com direitos trabalhistas e previdenciários.

Vote para acabar com a fome e a desesperança. A escolha, nada difícil, é entre um País para todos ou um Brasil para poucos privilegiados.

As urnas são repositórios de esperança e sonhos, não de vingança. Não são instrumentos de eliminação, mas da escolha livre e soberana entre os que defendem a democracia e os que querem acabar com ela. E sem democracia é a barbárie. O mal a gente corta pela raiz para que não volte a nos assombrar. É hora de desarmar-se. De fazer sua parte. Vamos às urnas retomar a democracia!

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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