Aldo Fornazieri

Doutor em Ciência Política pela USP. Foi Diretor Acadêmico da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), onde é professor. Autor de 'Liderança e Poder'

Opinião

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A agonia do PSDB

O apoio a Bolsonaro traduz a decomposição moral e política do partido que se diz social-democrata

Foto: Reprodução/Redes Sociais João Doria e Bolsonaro em tempos de paz. Foto: Redes Sociais
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A história recente do PSDB constitui um manual quase perfeito acerca de como os dirigentes destroem um partido. A legenda surgiu em 1989 como dissidência do PMDB. O seu caráter consistia em ser um partido parlamentar, situado na esfera do Estado, com um eixo programático centrado nos compromissos democráticos, com ideias acerca da reforma do Estado e sua modernização, apostas em algumas políticas sociais e com foco no combate à inflação. Surgiu sem um enraizamento social, mas atraiu a simpatia de amplos setores das classes médias.

No governo durante oito anos com FHC, o PSDB seguiu o caminho que um grande número de partidos segue quando chega ao poder: sofreu uma corrupção (degradação) dos princípios originários e dos conteúdos programáticos e se transformou em um partido preponderantemente de interesses particularistas ligados aos cargos, recursos públicos, privilégios, estruturas de poder etc. Perdeu a vitalidade e as virtudes.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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