Luiz Gonzaga Belluzzo
[email protected]Economista e professor, consultor editorial de CartaCapital.
A opção é sempre em torno de uma sociedade justa e contemporânea ou da manutenção da herança colonial
A manifestação de 11 de agosto no largo que abriga a Velha e Sempre Nova Academia de São Francisco despertou minhas recordações dos tempos de tormentos e desventuras que antecederam e se seguiram ao malfadado golpe de 1964.
No início dos anos 60, a sociedade brasileira vivia uma era de saudável e promissora agitação política. Na época batizado como “luta de classes”, o fenômeno era decorrência inevitável de quatro décadas de industrialização, modernização econômica e rápida transformação social. O progresso material das sociedades modernas suscita inconvenientes e transtornos, mas é mobilizador de energias e de ideias. Os sindicatos, as associações de classe e as organizações estudantis fervilhavam. Os centros acadêmicos, a UEE e a UNE não davam carteirinha para estudante pagar meia-entrada no cinema. Participavam ativamente do debate nacional.
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
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