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Trump congela todos os ativos do governo da Venezuela

Trump disse que ação é decorrente da ‘usurpação’ do poder por Nicolás Maduro

Nicolás Maduro afirma que Exército venezuelano está preparado para atuar sob qualquer circunstância. Nicolás Maduro afirma que Exército venezuelano está preparado para atuar sob qualquer circunstância.
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O presidente Donald Trump ordenou nesta segunda-feira 5 o congelamento de todos os ativos do governo venezuelano nos Estados Unidos, na última ação de Washington contra o presidente Nicolás Maduro.

“Decidi que é necessário bloquear as propriedades do governo da Venezuela devido à continuação da usurpação do poder pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro”, disse Trump em carta à presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi.

A determinação afeta “todos os bens e interesses de propriedade do governo da Venezuela nos Estados Unidos”, ativos que a partir de agora “estarão bloqueados e não poderão ser transferidos, pagos, exportados, retirados ou administrados”. A medida também proíbe transações com as autoridades venezuelanas cujos ativos estejam bloqueados.

 

Finalmente, veta a concessão ou recepção de “qualquer contribuição ou provisão de fundos, bens ou serviços por ou para o benefício de qualquer pessoa cujas propriedades e interesses estejam bloqueados”.

The Wall Street Journal destacou que Washington não aplicava tal medida a um governo do Hemisfério Ocidental há mais de 30 anos, e que as restrições colocam a Venezuela no mesmo patamar de Coreia do Norte, Irã, Síria e Cuba.

Os Estados Unidos lideram a pressão internacional para a saída de Maduro, cujo segundo mandato – iniciado em janeiro – Washington considera resultado de eleições fraudulentas. Trump foi o primeiro a reconhecer como presidente interino da Venezuela o chefe do Parlamento controlado pela oposição, Juan Guaidó, que festejou a decisão.

“Esta ação é consequência da soberba de uma usurpação inviável e indolente. Aqueles que a mantêm, beneficiando-se da fome e da dor dos venezuelanos, devem saber que há consequências”.

Juan Guaidó, o autodeclarado presidente interino da Venezuela (Foto: Frederico Parra/AFP)

A Casa Branca tem imposto uma série de sanções contra o governo Maduro, entre elas restrições ao petróleo produzido pela estatal venezuelana PDVSA, a maior fonte de renda do país. A série de sanções começou em 2014, durante o governo de Barack Obama, com uma lei que impôs penalidades contra pessoas responsáveis por violações dos direitos humanos.

Em julho de 2017, já sob o governo de Donald Trump, o Tesouro adotou sanções contra Maduro, um dia após a realização de eleições para uma Assembleia Nacional Constituinte visando impor um “regime autoritário” na Venezuela.

Após o início do segundo mandato de Maduro, no dia 10 de janeiro, os Estados Unidos impuseram sanções à PDVSA, que exportava diariamente 500 mil barris de petróleo ultra pesado aos Estados Unidos, onde operava a Citgo, filial da estatal venezuelana e cujas contas foram bloqueadas para entrega a Guaidó.

Atualmente, as sanções afetam Maduro e seus aliados, incluindo comandantes militares, encarregados de setores-chave da economia como sistema financeiro, ouro e navegação.

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