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Steve Bannon obstrui investigação sobre o ataque ao Capitólio, diz comissão do Congresso nos EUA

Ex-assessor de Donald Trump pode ser responsabilizado criminalmente por dificultar o trabalho dos parlamentares

Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump. Foto: AFP
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Uma comissão parlamentar de inquérito dos Estados Unidos indicou nesta quinta-feira 14 que buscará ações legais contra Steve Bannon, um ex-assessor do ex-presidente Donald Trump, por “obstruir o trabalho do Congresso” nas investigações sobre o ataque ao Capitólio.

Bannon foi convocado nesta quinta-feira 14 perante esta comissão especial da Câmara dos Representantes que investiga qual foi o papel do ex-mandatário republicano no ataque de seus apoiadores à sede do Congresso em 6 de janeiro, durante a certificação da vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial.

“Bannon se recusou a cooperar”, disse o democrata Bennie Thompson, que está à frente da comissão, criticada por Trump e seus aliados. “A comissão especial não tolerará esse desdém com nossas intimações e iremos encaminhar os procedimentos para que Bannon seja responsabilizado criminalmente por obstruir o trabalho do Congresso”, acrescentou Thompson em um comunicado.

Os membros da comissão se reunirão na noite da próxima terça-feira 19 para formalizar a acusação criminal de desacato. Em seguida, esta deve ser votada no plenário da Câmara, onde os democratas são maioria, antes de ser encaminhada ao Ministério da Justiça. O procurador-geral Merrick Garland decidirá se indiciará Bannon, que pode enfrentar até um ano de prisão.

O ator Jake Angeli, militante de extrema-direita que invadiu o Capitólio, nos Estados Unidos. Foto: Saul Loeb/AFP

Bannon, de 66 anos, foi um dos maiores articuladores da campanha presidencial vitoriosa de Trump em 2016, até ser afastado pelo bilionário. Nos últimos dias de seu mandato, o então presidente concedeu a ele perdão, o que pôs fim a um processo por desvio de fundos.

Além desse assessor, quatro aliados de Trump receberam intimações da comissão especial, que os obriga a apresentar documentos ou prestar depoimentos.

O ex-presidente pediu que eles não atendessem aos legisladores, invocando o direito do Executivo de guardar informações secretas. Mas, para os democratas, tal prerrogativa só se aplica ao presidente em exercício.

O debate jurídico deve ser levado aos tribunais e pode atrasar o trabalho da comissão.

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