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Presidente do México chama de ‘política genocida’ o embargo contra Cuba

Andrés Obrador afirmou que não participará da Cúpula das Américas caso representantes de Cuba não sejam convidados

Andrés Manuel López Obrador, presidente do México. Foto: Pedro Pardo/AFP
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O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, voltou a criticar a decisão dos Estados Unidos de não convidar representantes de Cuba, Venezuela e Nicarágua para a Cúpula das Américas, que acontecerá em Los Angeles, em junho.

Obrador reforçou que o embargo norte-americano imposto a Havana desde 1960 é uma “política genocida”.

“Por que esse isolamento? É uma política genocida, e diria que ela lhes faz parecerem ruins”, disse o presidente mexicano em sua entrevista coletiva diária, na Cidade do México, nesta terça-feira 17.

“Gostaria que não houvesse bloqueio, porque é uma política medieval, não tem a ver com nosso tempo e com a irmandade que deve haver entre nossos povos, e com a fraternidade universal.”

O embargo imposto ao país caribenho é motivo de acirramento político interno nos Estados Unidos. O governo de Barack Obama chegou a arrefecer a medida, mas Donald Trump optou por fechar ainda mais o cerco sobre Havana.

Na semana passada, o presidente Joe Biden anunciou a flexibilização das restrições, incluindo ações em processos de imigração, transferência de dinheiro e voos.

A Casa Branca argumentou que o anúncio não tem relação com a tentativa de boicote do evento e que as “medidas políticas foram trabalhadas há muito tempo e são consideradas completamente isoladas da conversa sobre quem participa ou não da cúpula.”

Obrador ainda afirmou que não romperá relações com Washington, mas confirmou que não participará da reunião caso os representantes dos outros países americanos não sejam convidados à Cúpula. A postura do presidente mexicano é corroborada pelo líder da Bolívia, Luis Acre.

O impasse já provoca preocupações em Washington. Nesta quarta-feira 18, uma missão dos Estados Unidos deverá chegar ao México para dialogar sobre o assunto.

Desde abril, os Estados Unidos recebem críticas sobre o isolamento de países da região, além de promessas de boicote ao evento. Argentina, Chile e Honduras engrossam o coro liderado por Obrador.

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