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Papa pede fim do ‘clamor às armas’ e compartilhamento de vacinas com países pobres

‘A pandemia ainda está em pleno curso, a crise social e econômica é muito grave, especialmente para os mais pobres’, destacou o pontífice

Foto: Filippo Monteforte/POOL/AFP
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O Papa Francisco pediu, neste domingo pascal 4, que se ponha fim ao “clamor das armas” e aos conflitos, e pediu à comunidade internacional o compartilhamento das vacinas anticovid com os países mais desfavorecidos.

“A pandemia ainda está em pleno curso, a crise social e econômica é muito grave, especialmente para os mais pobres; e apesar de tudo – e isso é escandaloso -, os conflitos armados não cessam e os arsenais militares são reforçados”, criticou o papa, durante sua homilia na basílica de São Pedro, antes da bênção Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo).

O sumo pontífice pediu o fim do “clamor das armas na querida e atormentada Síria, onde milhões de pessoas vivem atualmente em condições desumanas, assim como no Iêmen, cujas vicissitudes estão cercadas de um silêncio ensurdecedor e escandaloso, e na Líbia, onde finalmente se vislumbra a saída de uma década de contendas e enfrentamentos sangrentos”.

Francisco dedicou sua homilia pascal aos mais vulneráveis, aos doentes de Covid-19, aos migrantes, às pessoas que devido à pandemia vivem na precariedade e as populações que sofrem com as guerras.

A respeito da crise sanitária, Jorge Bergoglio, após homenagear médicos e enfermeiras na linha de frente da pandemia, lembrou que “as vacinas são uma ferramenta essencial nesta luta”.

“No espírito de um ‘internacionalismo das vacinas’, exorto toda a comunidade internacional a um compromisso comum para superar os atrasos em sua distribuição e para promover seu compartilhamento, especialmente nos países mais pobres”, disse.

O papa fez seu discurso em uma basílica de São Pedro quase vazia. Normalmente, ele preside estas celebrações diante de milhares de fiéis no Vaticano.

Mas desta vez, pelo segundo ano consecutivo, as restrições contra a Covid-19 na Itália, um dos países mais afetados pela pandemia com mais de 110.000 mortos, impediram este tipo de ato.

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