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Países africanos são os menos poluidores e os mais ameaçados

As nações africanas não podem se salvar se não tiverem ajuda e se os países ricos não cumprirem as promessas do Acordo de Paris

Foto: TIMOTHY A. CLARY / AFP
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A cúpula do clima convocada na segunda-feira 23 pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em Nova York, foi uma ocasião para os líderes africanos apresentarem um balanço de suas políticas de luta contra as mudanças climáticas. Mas também para alertar que os países menos desenvolvidos são os mais ameaçados e, frequentemente, os menos capacitados a enfrentar sozinhos os efeitos nocivos do aquecimento global.

Os discursos dos líderes africanos que se exprimiram em Nova York tinham muitas semelhanças. Todos apresentaram listas de medidas adotadas. A República Democrática do Congo, o Gabão, a Etiópia e o Congo-Brazzaville se exprimiram a respeito de preservar ou aumentar as florestas.

 

Outros, como Djibuti, Seicheles e Nigéria, trataram do fim, a curto ou médio prazo, de centrais elétricas a diesel ou carvão, além de acelerar a marcha em direção à produção de energia limpa dentro de 10 a 20 anos.

Todos os países africanos, a exemplo de Serra Leoa, bateram na mesma tecla: os países mais pobres são os mais ameaçados. O presidente do Djibuti, Ismail Omar Guelleh, evocou a previsão de que a capital do país vai ser inundada dentro de algumas décadas. O presidente chadiano, Idriss Déby, lembrou a situação catastrófica da região do lago Chade, onde as temperaturas não param de aumentar e as chuvas, de diminuir, mudando os ciclos sazonais.

Ajuda necessária

Os oradores africanos falaram dos efeitos desastrosos das mudanças climáticas em seus países, que não podem se salvar se não tiverem ajuda e se os países ricos não cumprirem as promessas do Acordo de Paris.

Idriss Déby ressaltou as iniciativas do Chade nos setores de energia, agricultura e de redução das emissões de gases de efeito estufa. Mas ele também pediu que os países desenvolvidos ajudem os africanos a enfrentar os efeitos das mudanças climáticas. “A África em geral, e o Chade em particular, contribuem pouco ou quase nada na emissão de CO²”, justificou Déby.

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